A irmã mais nova do ditador da Coreia do Norte, Kim Yo-jong, chegou a Pyeongchang com a delegação de líderes de torcida enviada pelo regime para os Jogos Olímpicos, confirmou o governo de Kim Jong-un nesta quarta-feira (7).
A jovem, que foi nomeada como primeira vice-diretora do Departamento de Propaganda e Agitação do Partido dos Trabalhadores, será uma das representantes de seu país na cerimônia de abertura do evento sul-coreano, nesta sexta-feira (9).
Yo-jong, que é alvo de sanções econômicas ocidentais por violação de direitos humanos, será a primeira representante da dinastia que governa a Coreia do Norte, com laços sanguíneos com o primeiro "presidente" do país, a visitar a Coreia do Sul na história.
"O governo analisou a composição da delegação, entre partido, governo e funcionários esportivos, como significativa, dado que a viagem é para celebrar a abertura dos Jogos", informou o Ministério da Unificação de Seul.
Essa é a primeira vez em 13 anos que uma delegação norte-coreana participará de um evento internacional.
Serão, ao todo, 22 representantes oficiais na cerimônia, incluindo o ministro do Esporte, Kim Il-guk, que lidera o grupo, o chefe do Comitê Nacional do Esporte, Choe Hwi, e o responsável pela agência de Pyongyang para Assuntos Intercoreanos, Ri Son-gwon. Eles permanecem no país até o domingo (11).
As duas Coreias desfilarão sob bandeira única na abertura do evento, sendo a primeira aproximação esportiva entre os dois países desde 1999. Para Seul, esse é um momento de tentar esfriar os ânimos na península, que chegaram a colocar Pyongyang à beira de um ataque nuclear.
No entanto, para os Estados Unidos, essa participação é uma maneira de Kim Jong-un promover seu poderio militar. Por isso, o vice-presidente do país, Mike Pence, estará na abertura dos Jogos "para evitar que os norte-coreanos não usem o poderoso simbolismo das Olímpiadas para analisar a verdade de seu regime".
"Os EUA estão preparados para aplicar as sanções mais rígidas já vistas contra a Coreia do Norte. Ao regime de Pyeongchang não será permitdo estragar a atmosfera das iminentes Olimpíadas de Inverno de Pyeongchang", afirmou ao lado do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, nesta quarta-feira.