Entre revés épico e noitadas, Japão e México se despedem do Brasil

Japão e México entram em campo neste sábado apenas para cumprir tabela e se despedir de uma vez da Copa das Confederações 2013. Os dois times, que sucumbiram em seus dois duelos até aqui pelo torneio, foram precocemente eliminados da disputa, mas querem ao menos dar adeus do Brasil com uma vitória nesta tarde no Estádio do Mineirão. No entanto, as situações nos dois selecionados são distintas.

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Se de um lado os japoneses entram em campo motivados pelo épico revés diante da Itália na última quarta, do outro os mexicanos têm pela frente um obscuro boato que "manchou" a participação da seleção na Copa das Confederações. Parte da delegação da América teria escapado da concentração na semana passada, depois do duelo contra a Itália, no Rio, e ido para a farra em uma casa de prostituição carioca.

"Machuca, machuca muito (o boato). Creio de que de alguma maneira esses jogadores possuem filhos, esposas, namoradas, e tudo isso afeta. Quando não tem os argumentos, é uma grande falta de respeito. Está na consciência de cada um", definiu o técnico José Manuel de la Torre, incomodado e mal-humorado por ter que tratar do tema diante da imprensa internacional.

De acordo com jornais mexicanos, jogadores e membros do selecionado teriam ido à boate Termas Centaurus "afogar as mágoas" do revés contra os italianos. O periódico Cancha, por exemplo, cita até que caixas da casa e cinco funcionárias confirmaram a presença de diversos atletas na data mencionada. O fato irritou a delegação do México presente no Brasil, que agora quer vencer o Japão para apagar a impressão deixada.

“Estamos com a mentalidade de encerrar da melhor maneira. É diferente terminar com uma derrota do que com uma vitória. Temos a mentalidade de nos despedir com a cabeça no alto e com dignidade. Podem dizer muitas coisas, mas o importante é que damos respaldo, porque todos nós confiamos em seu trabalho”, define o meio-campista Andrés Guardado.

Do lado japonês, entretanto, o clima é diferente. O time asiático quase venceu a Itália em batalha memorável na última rodada, sendo derrotada apenas nos instantes finais em placar apertado: 4 a 3 para os europeus. O tropeço, apesar de ter eliminado o Japão, ajudou na evolução do time para a Copa do Mundo do ano que vem e ainda a aproximar os nipônicos de seleções mais potentes.

"Nós técnicos sempre aprendemos a cada jogo, às vezes aprendemos mais, às vezes menos. Minha expectativa coincide, portanto, com a dos meus jogadores. Queremos reduzir a diferença entre Japão e as seleções mais fortes. Claro que em um ano não vamos nos igualar a eles, mas queremos continuar crescendo com nossa experiência", definiu o técnico Alberto Zaccheroni.

O Japão encara o México com: Kawashima; Uchida, Yoshida, Konno e Nagatomo; Nakamura, Endo, Kagawa e Honda; Okazaki e Maeda. Os mexicanos, por suas vezes, vão a campo com: Corona; Mier, Torres, Rodríguez e Salcido; Flores, Moreno, Torrado e Guardado; Giovani dos Santos e Chicharito Hernández.