Por “limpeza e segurança”, governo de Sochi estaria matando cachorros

1 fev 2014 - 19h12
(atualizado às 20h51)

A uma semana do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, a cidade sede se envolveu em mais uma polêmica. Após ser acusado de corrupção e do parlamento russo proibir manifestações a favor dos direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros), o governo local teria contratado uma empresa para exterminar os cães que vivem nas ruas. O objetivo é deixá-las limpas e seguras para os turistas que estarão em Sochi para o evento.

"Imagine se, durante os Jogos Olímpicos, um saltador de esqui aterrissa a 80 km/h e um cachorro corre para ele enquanto aterrissa. Poderia ser fatal para o saltador e para o cão vadio. Estou aqui pelo direito das pessoas de andar pelas ruas sem medo de serem atacadas por um bando de cachorros", confirma Alexei Sorokin, dono da Basia Services, empresa contratada para executar o serviço, em entrevista à emissora de TV americana ABC News.

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A empresa recebeu cerca de R$ 115 mil para matar os animais. Em abril de 2013, o jornal americano US Today já havia levantado a questão, em entrevista com Sergei Krivonosov, membro do governo local.

"É óbvio que não deveria haver animais na rua. Nós temos responsabilidades com a comunidade internacional. Matar é só uma forma mais rápida de resolver essa tarefa", disse Krisonov, na época da publicação.

Jogos Olímpicos de Inverno
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Foto: AFP

Gazeta Esportiva
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