A defesa do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, encaminhou à Justiça um pedido de soltura imediata. A liminar ressalta a saúde frágil de Nuzman, atualmente com 75 anos, que, após realizar uma cirurgia de dissecção da artéria aorta, precisa de cuidados específicos. O cartola ficará preso por cinco dias, com a possibilidade de prolongamento do prazo.
O documento ainda recorda a negativa de cooperação dos Estados Unidos na extradição do empresário Arthur Soares, conhecido como "Rei Arthur". Ele é considerado foragido pela Justiça brasileira sob a acusação de pagar propina para a compra de votos para eleger o Rio de Janeiro como cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Este processo foi, supostamente, intermediário por Nuzman. Segundo a liminar, o documento citado foi anexado no processo eletrônico e retirado do ar minutos depois sob a alegação de erro material.
O pedido de soltura também lista argumentos presentes no primeiro habeas corpus, quando o presidente teve os bens bloqueados e precisou entregar os passaportes à Polícia Federal. Também é citado que o crime no qual Nuzman é enquadrado (associação criminosa) só passou a ser reconhecido como tal em agosto de 2013, anos após a data do suposto crime.
O documento relata o constrangimento e linchamento moral que o cliente passou, alegando abuso de poder nas ações da Polícia Federal. A suposta interrupção do depoimento do presidente na sede da PF para a realização de uma coletiva de imprensa sobre o caso foi citada como exemplo.