A Justiça Federal do Rio de Janeiro decretou nesta segunda-feira a prisão preventiva do presidente afastado do Comitê Olímpico do Brasil e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, após pedido do Ministério Público Federal.
O pedido incluía também a prorrogação da prisão temporária do diretor-geral de operações do Comitê Rio 2016 e ex-diretor do COB Leonardo Gryner, que foi determinada na sentença do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
Nuzman e Gryner foram presos na última quinta-feira, acusados de intermediar a compra de votos para que o Rio de Janeiro sediasse a Olimpíada de 2016.
A prisão temporária era de cinco dias. Nuzman foi preso em um desdobramento de operação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio como sede dos Jogos de 2016, após investigadores descobrirem barras de ouro guardadas pelo dirigente na Suíça no valor de cerca de 2 milhões de reais.
No fim de semana, o COB divulgou o pedido de afastamento de Nuzman da presidência da entidade alegando que não gostaria de prejudicar o esporte brasileiro. Mas, na carta encaminhada ao COB, o dirigente garantiu que vai conseguir provar a sua inocência.
O Comitê Olímpico Internacional suspendeu Nuzman provisoriamente na sexta-feira de todos os direitos e funções como membro honorário do COI. A entidade internacional anunciou ainda o congelamento no repasse de recursos ao COB.
"Ficamos preocupados com essa informação, mas vamos em busca de novas fontes de apoio", disse o canoísta Isaquias Queiroz, ganhador de três medalhas na Rio 2016, em uma cerimônia de renovação do apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à canoagem brasileira.