O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) mantém a expectativa de que o Brasil consiga nos Jogos de 2016 ficar entre os dez mais bem classificados no quadro geral de medalhas. Essa estimativa tem como base o desempenho dos atletas nos mundiais ou competições equivalentes de cada categoria disputados anualmente. Para o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire, haveria hoje uma sinalização de que o Brasil conseguiria obter entre 24 e 27 medalhas na Olimpíada do Rio.
“Em 2013, no primeiro ano do atual ciclo olímpico, ganhamos 27 medalhas em mundiais ou disputas equivalentes. Em 2014, foram 24. Ainda faltam algumas competições para fecharmos o ano de 2015. Mas nossa meta de se classificar no top 10 está mantida”, disse.
Freire admite que o atletismo, modalidade que distribui 141 medalhas, pode ser determinante para o sucesso do Brasil no ano que vem. “Nossa média nos últimos Jogos é de uma medalha no atletismo. Temos que passar disso, é fundamental.”
Na avaliação do dirigente, a briga do Brasil, no quadro de medalhas, está centrada num terceiro bloco entre os países mais vezes vencedores em edições dos Jogos. China, Rússia e EUA são fenômenos olímpicos à parte. Historicamente, Alemanha, França, Austrália e Grã-Bretanha ficam entre a quarta e a sétima posições. Pelas previsões do COB, o Brasil deve vir na sequência, com outros rivais, como Itália, Coreia do Sul e Japão, cotados para terminar do oitavo ao 13º lugar.
Freire disse que o resultado recente do time Brasil no Pan-Americano de Toronto foi bastante expressivo, com 141 medalhas – mesmo número obtido em Guadalajara, em 2011. Reiterou que dessa vez o COB levou para o Canadá muitos atletas (70% da delegação) que jamais tinham competido num Pan. Ele mais uma vez ressaltou que não se pode transferir a expectativa do Pan para a Olimpíada. “No Pan, são 41 países. Na Olimpíada, eram 205 até a semana passada, mas o Sudão do Sul acaba de se filiar ao COI e agora são 206 países."
Obras
De acordo com o diretor de Comunicação do Rio 2016, Mario Andrada, a preparação para os Jogos agrada ao Comitê Olímpico Internacional (COI ). "Estamos dentro do prazo com as obras, tanto das instalações quanto das mudanças estruturais na cidade", declarou. Ele explicou que problemas pontuais de atraso com os centros de tênis e hipismo, e o velódromo, já estão solucionados.
Dor de cabeça mesmo para o Rio 2016 é a pressão internacional para a transferência das competições de vela da Baía de Guanabara por causa da poluição. Mas o comitê local afirma que não haverá nenhuma mudança. Os iatistas terão mesmo de lidar com o esgoto que se mistura à agua do litoral carioca.
Ainda segundo Andrada, a população do Rio começa a se envolver mais diretamente com o evento. "Há indícios crescentes de que a Olimpíada já mexe com a emoção dos moradores da cidade."