Disputar uma Olimpíada é sonho de uma vida inteira. A preparação começa ainda na infância, é preciso aguardar um período de quatro anos para ter uma oportunidade e acaba envolvendo todo o círculo próximo dos atletas, que sofre e vibra junto.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Na família da nadadora Giovana Reis, o nervosismo por ver a neta na piscina já levou a avó para UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). “Foi coração, pressão alta. Fiquei quatro dias na UTI”, contou Elza, que fez questão de frisar que é avó da atleta do Pinheiros.
Para ver a estreia da neta de 20 anos na Olimpíada de Paris, ela garantiu que está com a saúde em dia: “Estou medicada, mas acredita que hoje estou mais calma?”.
A reportagem do Terra encontrou com a família Reis em um momento de emoção. Mãe, avós, tios e sogros vestiam uma camisa que dizia que “o orgulho não cabia no peito” e tentavam consolar Giovana, que estava decepcionada com o desempenho do revezamento 4x100m.
Com os olhos vermelhos de choro, a nadadora foi de poucas palavras com a reportagem e disse que o “desempenho não foi dos melhores”. Ela contou que está longe de casa desde 17 de junho. “Foi um processo muito legal, mas muito saudoso também.”
A família já está pensando nos Jogos de Los Angeles. Para Paris, Fabiano Reis comprou passagem antes mesmo da disputa da seletiva, tamanha era a confiança dele na classificação da sobrinha.
“É um projeto de 15 anos, a gente está junto, a gente sofre junto. A gente briga junto e se diverte junto quando ganha. Nesse processo de infantil até o adulto tem um monte de medalha de ouro, de prata, de bronze, de pódio, de machucado. Não tem alto rendimento sem dor. Então cada lesão é um abraço junto, cada pódio é um sorriso junto e quando dá tudo certo…Você tem um plano na vida com 7 anos de ir para a Olimpíada e com 20 você já realiza.”
A mãe é só orgulho também. Juliane Reis ficou com a voz embargada ao falar da filha: “Ela nada desde neném. O primeiro sonho que ela falou que queria era ter uma oportunidade de vir para a Olimpíada, estudar fora e seguir carreira nisso. E 10 anos depois a gente está aqui realizando esse sonho dela, que virou nosso sonho também”.