Paris - Beatriz Souza é a última atleta a defender o Brasil nas competições individuais de judô nos Jogos Olímpicos de Paris. Estreante em Olimpíadas, a judoca de 26 anos avançou para as semifinais na categoria acima dos 78 kg, que está em disputa na Arena Champ-de-Mars. O bloco final será disputado a partir das 11h.
Bia vai enfrentar a badalada Romane Dicko. A francesa conquistou a medalha de bronze em Tóquio-2020, foi campeã mundial em 2022 e lidera o ranking da categoria.
Cabeça de chave da competição, a brasileira estreou diretamente nas oitavas de final, contra Izayana Marenco, da Nicarágua. O duelo latino terminou rápido. A atleta número 77 do ranking mundial recebeu uma punição logo aos 20 segundos. Pouco depois, com 41 segundos de combate, a paulista de Itariri encaixou um Harai-goshi (virada de quadril) e conseguiu um ippon para encerrar a luta.
Nas quartas de final, o duelo foi contra Hayun Kim, da Coreia do Sul, que venceu o bronze no último Mundial. A luta começou estudada, quase sem contato relevante entre as judocas. Ambas receberam punição aos 46 segundos de luta, algo que se repetiu aos 2m02.
O duelo contra a número 4 do ranking foi para o golden score. Com 9 segundos no tempo extra, a arbitragem marcou um ippon para a asiática. A decisão foi revertida pelos árbitros de vídeo e virou para um wazari para a brasileira, que venceu a luta.
Estreante em Olimpíadas, Beatriz Souza acumula três medalhas em mundiais de judô. Foi prata em 2022 e bronze em 2021 e 2023. A judoca de 26 anos foi ainda campeã do Grand Slam de Baku (Azerbaijão) e Grand Prix de Linz (Áustria).
Mais cedo, Rafael Silva foi eliminado na primeira luta. Ele perdeu para Ushangi Kokauri, do Azerbaijão, e encerrou a trajetória em Olimpíadas.
Tanto Rafael Silva, quanto Beatriz Souza estão inscritos na competição por equipes, que será disputada neste sábado (2). O Brasil vai enfrentar o Cazaquistão nas oitavas de final.