O Brasil se despediu do torneio de vôlei dos Jogos Olímpicos de Paris nesta segunda-feira, 5, com derrota para os EUA por 3 sets a 1, com parciais de 26-24, 28-30, 25 -19 e 25-19. Ao Terra após a partida, o treinador Bernardinho assumiu a responsabilidade pela queda do Brasil, que ficou fora da semifinal olímpica pela primeira vez em 24 anos.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
"A responsabilidade é toda minha, toda minha, de não ter dado aos rapazes a condição de aproveitar a oportunidade. Talvez eu não conhecesse totalmente o grupo, não soubesse como extrair o melhor", disse o treinador campeão olímpico em Atenas-2004 e Rio-2016.
Bernardinho citou, como exemplo, o oposto Darlan Souza, de 22 anos, que se emocionou muito após a eliminação e preferiu não falar com a imprensa: "Hoje, o Darlan não estava tão bem, o Alan entrou melhor. Então, como eu consigo colocar o Darlan com mais consistência? Só existe uma forma, é jogando mais".
"Eu fico muito triste pelos veteranos, que eu sei o quanto eles se doaram para estar aqui. O quanto eles se dedicaram, um se machucou, voltou, deu um gás. Lucão também tentando da melhor maneira possível, quebrou a mão na temporada no Brasil. Eles se dedicaram para dar esse 'quê' de experiência e confiança", lamentou Bernardinho.
O treinador ainda falou sobre o momento de frustração para os atletas e citou que a derrota deve ser usada como motivação para o próximo ciclo: "Então, que chorem mesmo, que essas lágrimas sejam de motivação pro próximo ciclo que começa amanhã".
Bernardinho garantiu que pretende continuar junto à seleção brasileira para a temporada: "Uma coisa é certa, eu não vou me afastar e não vou deixar de contribuir, de maneira nenhuma, com essa rapaziada e com o novo ciclo que se inicia. E a gente precisa realmente trabalhar muito bem".
Agora na semifinal, os EUA encaram a Polônia na próxima quarta-feira, 7. Na outra chave, Itália e França definem o segundo finalista olímpico, também na quarta-feira.