Bia Ferreira bate finlandesa e vai à final do boxe em Tóquio

Brasileira vence Mira Potkonen por decisão unânime da arbitragem na categoria até 60kg e lutará pelo ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio

5 ago 2021 - 02h44
(atualizado às 03h03)

Mais uma final para o Brasil nos Jogos Olímpicos! Em grande luta, realizada na madrugada desta quinta-feira (no horário de Brasília), Bia Ferreira venceu a finlandesa Mira Potkonen por decisão unânime da arbitragem. Na categoria até 60kg, Bia foi melhor nos três rounds e chegou a levar a adversária ao chão algumas vezes. A brasileira fará a decisão contra Kellie Anne Harrington, da Irlanda, no domingo, às 2h (Brasília). A sua próxima oponente eliminou a tailandesa Sudaporn Seesondee com uma vitória por 3 a 2.

A brasileira começou o primeiro round a todo vapor e partiu para cima da finlandesa. Ela acertou alguns golpes na adversária, que não conseguiu assustar a boxeadora do Brasil. Melhor, Bia Ferreira venceu o primeiro round por unanimidade com nota melhor que a de Potkonen por todos os juízes.

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Beatriz Ferreira comemora vitória nas quartas de final do torneio feminino de boxe na Tóquio 2020
03/08/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Beatriz Ferreira comemora vitória nas quartas de final do torneio feminino de boxe na Tóquio 2020 03/08/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

No segundo round, Bia teve desempenho ainda melhor e levou a finlandesa ao chão algumas vezes, mas o árbitro não chegou a abrir contagem para a adversária. O terceiro assalto foi mais equilibrado, e Potkonen conseguiu encaixar alguns golpes na brasileira. Mas, no fim, Bia levou a melhor no duelo.

Antes mesmo de a arbitragem confirmar a vitória, a brasileira já vibrava no ringue em Tóquio, onde depois se emocionou e chorou ao comemorar o fato de que poderá lutar pelo ouro olímpico. 

Esta medalha de Bia, que no mínimo será a de prata, será a oitava do boxe brasileiro em Olimpíadas. Servílio de Oliveira foi bronze no México-1968, depois Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo subiram no pódio em Londres-2012. Robson Conceição foi campeão na Rio-2016.

Em Tóquio, além de Bia, o peso pesado Abner Teixeira ficou com o bronze e o peso médio Hebert Conceição, que ainda luta na semifinal nesta quinta-feira, também já têm bronze garantido.

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Bia começou no boxe aos quatro anos de idade na garagem de casa, onde seu pai, Raimundo, mais conhecido no boxe como Sergipe (tricampeão baiano, bicampeão brasileiro e sparring de Popó) dava aulas para crianças carentes da região.

Por falta de competições de boxe feminino, Bia precisou esperar até 2014 para iniciar a carreira. Venceu uma luta, mas acabou desclassificada pois já havia participado de uma competição de muay thai e recebeu uma punição de dois anos, pois a Associação Internacional de Boxe (Aiba) proibia que as atletas participassem de competições por outras modalidades .

Bia voltou em 2016 e passou também a ser sparring de Adriana Araújo, medalha de bronze na Olimpíada de Londres-2012. Talentosa, ficou com a vaga da amiga, que passou para o boxe profissional. Em 30 competições internacionais, só não subiu no pódio uma vez. Entre suas principais conquistas está o título mundial, em 2019, na Rússia. (com informações do Estadão Conteúdo)

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