O fim de semana será decisivo para Bruna Takahashi e Vitor Ishiy, que disputam mais uma vaga para o Brasil na Olimpíada de Tóquio-2020. Neste sábado, os atletas participam do Pré-Olímpico Latino-Americano, que acontece em Rosário, na Argentina, em busca de um lugar no torneio de duplas mistas. Para eles, a expectativa é positiva e o entrosamento está em dia, mas o desafio não será fácil.
Em Doha, no Catar, pelo WTT Star Contender, a harmonia da dupla na mesa ficou evidente. Bruna e Ishiy tiveram um desempenho acima da média na competição, disputada em março, e chegaram ao 29.° lugar no ranking mundial de duplas mistas, subindo 35 posições em relação à lista da última semana de fevereiro.
Em Rosário, a dupla já está garantida nas quartas de final e aguarda os vencedores do confronto entre Leyla Gomez/Marcelo Aguirre (Paraguai) e Daniela Fonseca Carrazana/Jorge Campos (Cuba). Vale sempre lembrar que o Brasil já se garantiu nos torneios de equipes da Olimpíada, com duas vagas individuais para cada naipe.
"A gente está bem confiante. Eu e Vitor somos uma dupla muito 'de boa'. A gente consegue conversar bastante durante o jogo e ele sempre me apoia nos momentos difíceis, é isso que me faz ter essa confiança nele", contou Bruna.
Seu parceiro de mesa concorda. "Me sinto bem jogando com a Bruna, ela está muito bem e acho que estamos bem entrosados. Mas, mesmo assim, sei que não será fácil porque as outras duplas são fortes e bem entrosadas também", ponderou Ishiy.
O técnico Francisco Arado, o Paco, sabe que os brasileiros não encontrarão facilidade. E trabalha a dupla para encarar a pressão nos momentos mais difíceis do torneio deste sábado.
"Será um torneio bem difícil, por causa do nível dos adversários e também porque jogar Pré-Olímpico sempre é especial. Mas temos de manter um bom foco e tentar propor nosso melhor nível. A pressão sempre vai existir, mas temos que saber gerenciá-la para controlar o jogo nos momentos difíceis. Acredito que a boa relação deles fora da mesa pode ajudar no ambiente que pode ser criado dentro do jogo. São competitivos e não tenho dúvidas de que vamos fazer todo o possível para vencer", explicou.
Para o Pré-Olímpico, o foco da dupla é um só. "A gente sempre pensa na classificação. Pode acontecer de tudo, mas com certeza vou dar o meu melhor porque o que a gente quer é se classificar", destacou Bruna.
A meta é a mesma de Ishiy, que se agarra à memória da classificação brasileira por equipes para chegar ainda mais forte. "Será minha segunda disputa em Pré-Olímpico, tenho boas lembranças de quando classificamos o Brasil por equipes para Tóquio. A sensação é um pouco diferente porque é a primeira vez que vou a um torneio focado somente para jogar dupla, mas a sensação de jogar um Pré-Olímpico é boa", completou.