A Casa da Moeda em parceria com a empresa Memorabília do Esporte (MDE) vai iniciar em maio o lançamento de uma coleção especial sobre o esporte brasileiro. Uma linha de medalhas vai homenagear diferentes atletas que tiveram sucesso em edições anteriores das Olimpíadas ou conquistaram resultados expressivos em suas respectivas modalidades. O primeiro nome será o velejador Robert Scheidt, medalha de ouro nos Jogos de Atlanta, em 1996, e Atenas, em 2004.
Os desenhos presentes nas moedas ainda estão na fase final de estudo e aprovação. O intuito é gerar imagens que simbolizem as conquistas dos esportistas e capazes de transformar o material em item de colecionador. Após Scheidt, a série de medalhas vai homenagear ainda neste ano outros grandes nomes do esporte brasileiro: Maria Esther Bueno, Rodrigo Pessoa, Jackie Silva, Sandra Pires, Daniel Dias, Hortência, Cesar Cielo e Daiane dos Santos.
"A história do nosso esporte é repleta de grandes feitos, de momentos inesquecíveis e, principalmente, de ídolos, heróis que merecem todas as homenagens. Desde a primeira conversa com a Casa da Moeda, vimos que havia uma vontade em comum de exaltar esses atletas que nos enchem de orgulho", disse o co-fundador da MDE, Samy Vaisman. Para 2022 estão previstas uma nova série de homenagens a outros nomes.
Assim como na Olimpíada, as medalhas serão produzidas em diferentes categorias. A linha mais cara, a de prata, custará cerca de R$ 500. Haverá ainda produtos feitos em bronze dourado, bronze e cuproníquel, o mais barato. Os preços ainda não foram definidos. Todas as séries serão numeradas, com tiragem limitada e certificados de autenticidade. Os produtos serão vendidos pela internet.
Desde 1977 a Casa da Moeda mantém o Clube da Medalha, sociedade cultural com o objetivo de reunir colecionadores. Uma das propostas desse grupo é também conseguir confeccionar produtos de valor comercial e produzir moedas comemorativas. Um dos lançamentos recentes na área do esporte foi no início deste mês, com uma linha de moedas alusivas ao ex-meia Zico, ídolo do Flamengo. A coleção fez sucesso entre o público. O estoque se esgotou em menos de 24 horas.
JOGOS DO RIO
A iniciativa não é nova. Também nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, o Brasil confeccionou moedas de R$ 1 real com as modalidades esportivas presentes na competição. Em outros países, isso também já foi feito para homenagear atletas. Na Suíça, o rosto do tenista Roger Federer já estampou moedas de 20 e 50 francos. Neste caso, cerca de 95 mil moedas de uma edição limitada foram feitas, na época vendida a 30 francos suíços. Nos Jogos do Rio, as moedas de R$ 1 eram vendidas a R$ 1.