Cerimônia de abertura de Paris-2024 tem segredos guardados a sete chaves e clima de tensão por terrorismo

A pira olímpica será acesa pela primeira vez fora de um estádio na edição deste ano

26 jul 2024 - 05h00
(atualizado às 06h41)
Rio Sena, em Paris
Rio Sena, em Paris
Foto: Esa Alexander/Reuters

A cerimônia de abertura às margens do Rio Sena é um dos eventos mais aguardados dos Jogos Olímpicos de Paris. Todo mundo que saber como vai funcionar o palco gigante ao ar livre prometido por Thomas Jolly, diretor artístico do evento. A grande maioria das surpresas é guardada a sete chaves.

A expectativa é que 10.500 atletas, de 205 delegações, façam o trajeto de 6 km pelo rio mais famoso da França divididos em 85 embarcações. O barco da Grécia, que tradicionalmente inicia o desfile, deve partir às 20h24 horário local de Paris (15h24 no Brasil) em alusão ao ano de 2024. Os franceses, donos da casa, encerram. O restante vai navegar por ordem alfabética.

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Enquanto o público presente ao redor do Sena ou em frente à televisão, tablets ou celulares não vão tirar os olhos do desfile, outro grupo vai estar atento a qualquer manifestação estranha. A capital francesa vive um clima de tensão por medo de um ataque terrorista.

Os principais pontos turísticos e de competição tiveram a segurança intensificada. O policiamento foi reforçado, barreiras foram montadas e até a força nacional está nas ruas com armamento grandioso. O efetivo é de mais de 30 mil policiais nas ruas todos os dias. Profissionais da Espanha, Catar, Coreia do Sul, Alemanha e Reino Unido também estão presentes para reforçar o esquema de segurança.

Pontos de bloqueio nas ruas de Paris, na França
Foto: Peter Cziborra/Reuters

Após o desfile pelo Sena, os atletas vão para a região do Trocadero, onde terão arquibancadas para acompanhar os momentos finais da festa, como a esperada chegada da tocha olímpica, que será carregada por mais de 30 pessoas, incluindo o rapper Snoop Dogg. Porém, ninguém sabe quem vai ser o último e terá a honra de acender a pira olímpica.

As especulações apostam em apresentações de Celine Dion e Lady Gaga. As duas chegaram a Paris nos últimos dias e aumentaram a expectativa por apresentações na cerimônia de abertura.

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A concepção do projeto da noite de gala é do diretor artístico Thomas Jolly, em conjunto com vários dramaturgos, coreógrafos e historiadores. O objetivo é mostrar para o mundo a história e a cultura de França. "A inspiração foi a França e seu grande patrimônio cultural, uma riqueza que vem de séculos. Este percurso vai fazer fronteira com vários monumentos parisienses ricos em cultura e história”, declarou Damien Gabriac, um dos responsáveis pelo roteiro.

Os ingressos para acompanhar a cerimônia de abertura não custavam menos 1.600 euros (cerca de R$ 9.800)

Brasil na cerimônia de abertura

Diferente de outras delegações, o Brasil vai contar com uma embarcação própria e não precisará dividir o espaço com ninguém. Além do casal de porta-bandeiras, Raquel Kochhann, capitã da seleção feminina brasileira de rugby de sete, e o canoísta multicampeão Isaquias Queiroz, outros 100 atletas brasileiros vão participar da abertura das mais diferentes modalidades, como atletismo, badminton, boxe, BMX, esgrima, futebol feminino, hipismo, judô, vela e vôlei de praia.

A seleção feminina de vôlei decidiu, em conjunto, que não irá para o evento para se poupar. O técnico Zé Roberto confessou que ficou aliviado pela escolha da maioria, já que a festa costuma ser cansativa e obriga os atletas a ficar em pé por quase 10 horas.

O embarque do Time Brasil está previsto para às 19h10 (14h10, no Brasil). O tempo do trajeto é de 42 minutos.

Fonte: Redação Terra
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