Com show de Richarlison e dose de sufoco, Brasil vence Alemanha em sua estreia na Olimpíada

'Pombo' marca três em primeiro tempo exemplar da equipe brasileira. Alemães reagem na etapa final, mas Paulinho decreta o 4 a 2 nesta quinta-feira, em Yokohama

22 jul 2021 - 10h38
(atualizado às 11h08)

A Seleção olímpica lidou com uma sucessão de emoções em sua estreia nos Jogos Olímpicos. Após um primeiro tempo exemplar, a equipe de André Jardine viu Richarlison dar um voo rasante e abrir três gols de vantagem para a equipe canarinha. Porém, depois de Amiri e Ache fazerem a Alemanha tornarem a partida dramática, Paulinho decretou a vitória por 4 a 2 e ratificou os três pontos brasileiros no Grupo D nesta quinta-feira.

'Pombo' honrou primeiro tempo irrepreensível da Seleção canarinha (DANIEL LEAL-OLIVAS / AFP
'Pombo' honrou primeiro tempo irrepreensível da Seleção canarinha (DANIEL LEAL-OLIVAS / AFP
Foto: Lance!

Agora, os canarinhos voltam suas atenções para a Costa do Marfim, neste domingo. Os marfinenses venceram a Arábia Saudita por 2 a 1 na outra partida do grupo.

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UMA PRÉVIA PROMISSORA

A Seleção Brasileira não demorou a se lançar à frente. Guilherme Arana tentou cruzamento e Müller salvou. Em seguida, Richarlison deu uma amostra do seu potencial. O camisa 10 engatou contra-ataque e abriu caminho para Matheus Cunha avançar com tranquilidade pela esquerda. O atacante bateu forte, mas parou nas mãos do goleiro.

RICHARLISON 'DECOLA' EM CAMPO

A noite, porém, reservava um show à parte de Richarlison. Depois de se impor em uma dividida com a zaga alemã, Matheus Cunha tocou para Antony. O camisa 11 lançou na medida Richarlison, que encheu o pé e chutou em cima de Müller. No rebote, ele mesmo abriu o marcador.

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Minutos depois, um cochilo de Pieper deu brecha para Richarlison ampliar a vantagem brasileira. Porém, ao tentar driblar o goleiro, o camisa 10 se atrapalhou na passada e acabou perdendo a bola. Claudinho ainda tentou aproveitar o ataque, mas Müller defendeu. O camisa 1 voltou a ser exigido em uma conclusão de Matheus Cunha. Porém, não conseguiria parar Richarlison.

Bruno Guimarães abriu caminho para Guilherme Arana avançar pela esquerda. O lateral cruzou e, entre os zagueiros, Richarlison saltou para cabecear com firmeza no fundo da rede. Desnorteada, a seleção alemã até ensaiou uma reação ao ver Santos encaixar defesa de Amiri.

Só que a Seleção seguia muito forte no ataque. Matheus Cunha se desvencilhou com facilidade em meio aos alemães e fez lançamento na esquerda. Richarlison surgiu livre e bateu rasteiro, no canto da meta de Müller, em impressionantes 29 minutos da equipe canarinha.

MATHEUS CUNHA NA MARCA DO PÊNALTI

Por mais que a Alemanha tentasse uma reação, especialmente em jogadas de bola aérea, o Brasil continuava mais incisivo no jogo. E esteve próximo de marcar o quarto gol ainda no primeiro tempo. Após cobrança de falta alçada por Daniel Alves, Matheus Cunha cabeceou e a bola bateu no braço de Henrichs dentro da área, em pênalti bem marcado. O próprio Matheus Cunha partiu para a bola, mas a cobrança saiu à meia altura e permitiu cobrou à meia altura e Müller saltou para espalmar.

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ATAQUE E CONTRA-ATAQUE

Além da entrada de Torunarigha no lugar de Pieper, a Alemanha voltou do intervalo se lançando mais à frente por uma reação e assustou com Richter. Porém, a equipe de André Jardine continuava a ser incisiva a cada jogada. Matheus Cunha exigiu Müller em reação. Em seguida, Matheus Cunha alçou, só que Claudinho pegou mal na bola.

DA HESITAÇÃO AO... GOL DA ALEMANHA!

Aos poucos, a seleção alemã aproveitou um momento de frouxidão da marcação e, enfim, diminuiu o marcador. Ritcher finalizou e, depois de Nino cortar, Amiri bateu de primeira e, com um quique, o chute despretensioso se transformou em uma falha de Santos.

Porém, o panorama pareceu melhorar para o Brasil seis minutos depois. Arnold cometeu falta forte em Daniel Alves e recebeu seu segundo cartão amarelo na partida, deixando a Alemanha com um a menos.

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BRASIL COLECIONA CHANCES, MAS... E O GOL?

Não faltaram oportunidades para os comandados de André Jardine para a Seleção olímpica marcar pelo menos um gol. Antony foi lançado e mandou rente à trave. Em seguida, Matheus Cunha serviu Bruno Guimarães, que chutou nas mãos de Müller. Nino e Diego Carlos também desperdiçaram oportunidades.

DRAMA ALÉM DA CONTA

O Brasil, que ia à frente e parecia lidar com um jogo sob controle, viu o jogo ficar difícil na sua reta final. Após uma jogada que iniciou em cobrança no meio da área, Ache aproveitou hesitação de Diego Carlos e diminuiu o placar. O gol sofrido deixou a equipe de Jardine atabalhoada. Matheus Cunha, Malcom e Bruno Guimarães tentaram, mas se atrapalharam ao concluir.

ALÍVIO VEM COM PAULINHO

Só no finzinho, a Seleção Brasileira respirou aliviada. Paulinho recebeu passe, puxou para a perna direita e mandou a bomba. A bola fulminou a rede alemã e garantiu a vitória por 4 a 2. Triunfo brasileiro importante, em estreia com misto de emoções.

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FICHA TÉCNICA

BRASIL 4 x 2 ALEMANHA

Data-Hora: 22/07/2021 - 8h30 (de Brasília; 20h30 no horário local)

Local: Estádio Internacional, em Yokohama (JAP)

Árbitro: Iván Barton (ESA)

Assistentes: David Morán (ESA) e Zachari Zeegelaar (SUR)

VAR: Marco Guida (ITA)

Cartões amarelos: Douglas Luiz (BRA) Pieper, Arnold, Uduokhai, Henrichs, Stach (ALE)

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Cartão vermelho: Arnold (ALE)

Gols: Richarlison, 6/1T (1-0), Richarlison, 22/1T (2-0), Richarlison, 29/2T (3-0), Amiri, 11/2T (3-1), Ache, 38/2T (3-2) e Paulinho, 48/2T (4-2)

BRASIL: Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Bruno Guimarães, Douglas Luiz e Claudinho (Malcom, 18/2T); Antony (Paulinho, 27/2T), Richarlison (Reinier, 28/2T) e Matheus Cunha. Técnico: André Jardine.

ALEMANHA: Müller. Henrichs, Pieper (Torunarigha, intervalo), Uduokai e Raum; Maier, Arnold, Amin e Stach (Schlotterbeck, 34/2T); Richter (Ache, 23/2T) e Kruse (Löwen). Técnico: Stefan Kuntz

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