‘Comecei e não tinha ninguém; hoje sou inspiração dessas meninas’, se emociona jogadora do São Paulo

No programa 'Paris É Delas', do Terra, Maressa Luara comentou sobre a importância de incentivo para seguir carreira no futebol

7 ago 2024 - 19h57
(atualizado às 22h39)
Foto: Reprodução/Instagram/@maressa9

A Seleção Brasileira de futebol feminino está na final dos Jogos de Paris. Esse feito, que não acontecia há 16 anos, é carregado de simbolismos. Como é para Maressa Luara, jogadora do São Paulo, que se emociona ao ver que, hoje, meninas que querem começar a jogar bola têm em quem se inspirar. Ela avaliou o cenário durante entrevista ao programa Paris É Delas, do Terra, nesta quarta-feira, 7.

  • Paris É Delas é o programa oficial do Terra com os principais acontecimentos dos Jogos de Paris, oferecido por Vale. Assista aqui no Terra.

“Eu comecei, e não tinha ninguém, e hoje eu sou a inspiração dessas meninas”, disse, emocionada, também reconhecendo seu lugar no esporte.

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Como contou Maressa, ela começou a jogar com incentivo de seus pais. Ainda pequena, ela jogava bola na rua com os meninos e era a única menina no meio. “Eu realmente sofri um pouco de preconceito pela vizinhança mesmo, que falava 'Meu, isso não é coisa de menina', 'Por que você está no meio dos meninos? Vai para casa'. E eu sempre continuei, sempre joguei, sempre brinquei. Realmente uma forma de brincar, né? Não esperava que hoje em dia seria realmente a minha profissão, que eu estaria em um grande clube”, disse.

Com a ajuda do pai, ela continuou se aprimorando no esporte. Até que, aos 15 anos, começou a jogar como profissional. Uma trajetória de muita dificuldade pois, como contou, na época, não tinha treinamento adequado para o futebol feminino. “Era muito diferente de hoje em dia. Eu jogava com meninas mais velhas”, relembrou.

Maressa durante entrevista ao Paris É Delas, nesta quarta-feira, 7
Foto: Terra

Para ela, a mudança de percepção sobre o futebol feminino se deu na Copa de 2019, quando houve uma grande expectativa em cima da Seleção. “Dali em diante, realmente começaram a investir, a gente teve mais visibilidade, as portas ficaram mais abertas para a gente”, avaliou.

“Eu acho que, hoje em dia, é muito legal ver a Seleção muito bem porque aí eu acho que o legado olímpico realmente fica. E é isso, tem meninas muito novas. Hoje em dia, eu volto para a minha casa, tem três, quatro meninas jogando bola na rua. Eu passo, e elas pedem pra tirar foto comigo, para dar autógrafo. Isso é muito legal porque eu não tive. E você vê isso dentro de um bairro, dentro de uma comunidade, realmente é muito gratificante”, finalizou a atleta.

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Seleção na final

Na busca pelo ouro, a Seleção Brasileira de futebol feminino irá enfrentar os Estados Unidos no sábado, 10, às 12h - horário de Brasília.

Fonte: Redação Terra
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