A Vila Olímpica, moradia oficial dos atletas durante a Olimpíada de Paris, é mais do que apenas um abrigo. Na capital francesa, neste ano, o legado pós-evento foi levado em consideração, e a rede de serviços oferecidos aos moradores foi aprimorada.
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Segundo informações do jornal O Globo, a Vila conta com 52 hectares, o equivalente a 70 campos de futebol, e está na região mais pobre da capital francesa, Seine-Saint-Denis. O objetivo é revitalizar o local, reproduzindo o que aconteceu em Londres-2012, no bairro Stratford. A diferença é que, em Paris-2024, a saúde e sustentabilidade são as palavras-chave.
A alimentação saudável é um dos pilares neste ano, por isso, esses são os primeiros jogos em quase 50 anos sem opções de fast food dentro da Vila Olímpica. Metade das opções preparadas no restaurante oficial é vegetariana, e os atletas ainda têm nutricionista à disposição.
A saúde mental é outro pilar neste ano. Os atletas terão acesso a campanhas informativas e ações voltadas, principalmente, a casos de violência sexual. Será possível entrar em contato com um psiquiatra e frequentar um espaço exclusivo para o cuidado com a mente, chamado Mind Zone.
Em parceria com uma rede de hospitais públicos de Paris, a Vila Olímpica terá uma Policlínica com capacidade para atender mais 700 pessoas diariamente. Haverá também academia de 3 mil metros quadrados, com 200 aparelhos para prática de cardio e musculação, além de outras centenas de aparelhos para treino livre.
Aqueles que tiverem dificuldades com o sono, poderão usar um serviço de ajuste nos colchões, para que fiquem mais flexíveis ou mais firmes, conforme a preferência.
Para a cidade de Paris, a ideia é deixar um legado após os jogos, com um novo bairro mais sustentável e acessível. A partir de 2025, 25% dos 3 mil apartamentos serão habitações sociais, voltadas a famílias e estudantes. Os prédios serão residenciais, de escritórios e hotéis. Também haverá um parque público, duas escolas e comércio.
Outra medida sustentável é a abolição do plástico na Vila Olímpica. O restaurante irá oferecer um copo reutilizável para os atletas e algumas delegações, como a brasileira, receberam uma garrafa térmica junto do uniforme.
As famosas camas de papelão, populares nos jogos de Tóquio-2020, novamente apareceram na Vila. Além do material reciclável, elas podem ser montadas em apenas 15 minutos.
Como os jogos acontecem durante o verão, quando as temperaturas na França estão mais elevadas, o calor se tornou uma preocupação. A Vila Olímpica foi projetada para que haja mais circulação de ar entre os blocos, e o local está integrado a um sistema de refrigeração urbana em Paris. No entanto, vários países se preocupam com o excesso de calor, e como isso irá afetar os atletas. Sendo assim, algumas delegações têm instalado climatizadores nos quartos.
No caso do Comitê Olímpico do Brasil (COB), foram alugados 130 aparelhos, exigindo um investimento superior a R$ 230 mil, ainda segundo o jornal O Globo.