Comida vegetariana, espaço de saúde mental e camas de papelão: Saiba como é a Vila Olímpica em Paris

Experiências fazem com que a moradia dos atletas durante Olimpíada seja única

22 jul 2024 - 11h14
(atualizado às 11h48)
Acomodação da delegação alemã na Vila Olímpica em Paris
Acomodação da delegação alemã na Vila Olímpica em Paris
Foto: REUTERS/Benoit Tessier

A Vila Olímpica, moradia oficial dos atletas durante a Olimpíada de Paris, é mais do que apenas um abrigo. Na capital francesa, neste ano, o legado pós-evento foi levado em consideração, e a rede de serviços oferecidos aos moradores foi aprimorada.

Segundo informações do jornal O Globo, a Vila conta com 52 hectares, o equivalente a 70 campos de futebol, e está na região mais pobre da capital francesa, Seine-Saint-Denis. O objetivo é revitalizar o local, reproduzindo o que aconteceu em Londres-2012, no bairro Stratford. A diferença é que, em Paris-2024, a saúde e sustentabilidade são as palavras-chave.

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A alimentação saudável é um dos pilares neste ano, por isso, esses são os primeiros jogos em quase 50 anos sem opções de fast food dentro da Vila Olímpica. Metade das opções preparadas no restaurante oficial é vegetariana, e os atletas ainda têm nutricionista à disposição.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, faz refeição no refeitório dos atletas na Vila Olímpica, em Paris
Foto: David Goldman/Pool via REUTERS

A saúde mental é outro pilar neste ano. Os atletas terão acesso a campanhas informativas e ações voltadas, principalmente, a casos de violência sexual. Será possível entrar em contato com um psiquiatra e frequentar um espaço exclusivo para o cuidado com a mente, chamado Mind Zone.

Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, experimenta a sala virtual de relaxamento e saúde mental na Vila Olímpica, em Paris
Foto: David Goldman/Pool via REUTERS

Em parceria com uma rede de hospitais públicos de Paris, a Vila Olímpica terá uma Policlínica com capacidade para atender mais 700 pessoas diariamente. Haverá também academia de 3 mil metros quadrados, com 200 aparelhos para prática de cardio e musculação, além de outras centenas de aparelhos para treino livre.

Aqueles que tiverem dificuldades com o sono, poderão usar um serviço de ajuste nos colchões, para que fiquem mais flexíveis ou mais firmes, conforme a preferência.

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Academia está disponível para os atletas na Vila Olímpica em Paris
Foto: Olympics REUTERS/Benoit Tessier

Para a cidade de Paris, a ideia é deixar um legado após os jogos, com um novo bairro mais sustentável e acessível. A partir de 2025, 25% dos 3 mil apartamentos serão habitações sociais, voltadas a famílias e estudantes. Os prédios serão residenciais, de escritórios e hotéis. Também haverá um parque público, duas escolas e comércio.

Central de jogos e videogames na Vila Olímpica, em Paris
Foto: REUTERS/Benoit Tessier

Outra medida sustentável é a abolição do plástico na Vila Olímpica. O restaurante irá oferecer um copo reutilizável para os atletas e algumas delegações, como a brasileira, receberam uma garrafa térmica junto do uniforme.

Camas de papelão serão usadas novamente como alternativa sustentável, na Vila Olímpica em Paris
Foto: REUTERS/Benoit Tessier

As famosas camas de papelão, populares nos jogos de Tóquio-2020, novamente apareceram na Vila. Além do material reciclável, elas podem ser montadas em apenas 15 minutos.

Aparelhos de ar-condicionado foram enviados para os quartos dos atletas na Vila Olímpica em Paris
Foto: Olympics REUTERS/Benoit Tessier

Como os jogos acontecem durante o verão, quando as temperaturas na França estão mais elevadas, o calor se tornou uma preocupação. A Vila Olímpica foi projetada para que haja mais circulação de ar entre os blocos, e o local está integrado a um sistema de refrigeração urbana em Paris. No entanto, vários países se preocupam com o excesso de calor, e como isso irá afetar os atletas. Sendo assim, algumas delegações têm instalado climatizadores nos quartos.

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No caso do Comitê Olímpico do Brasil (COB), foram alugados 130 aparelhos, exigindo um investimento superior a R$ 230 mil, ainda segundo o jornal O Globo.

Fonte: Redação Terra
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