Compositor da cerimônia de abertura de Olimpíada renuncia por relatos de bullying no passado

19 jul 2021 - 12h20

O músico japonês Keigo Oyamada deixou o cargo de compositor da cerimônia de abertura de Tóquio 2020, após o ressurgimento de relatos antigos de que praticava bullying e do seu comportamento abusivo, dias antes do começo oficial da Olimpíada.

Logo da Tóquio-2020 no Japão
19/07/2021 REUTERS/Thomas Peter
Logo da Tóquio-2020 no Japão 19/07/2021 REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

Oyamada, que recebeu a tarefa de compor a música para a cerimônia marcada para 23 de julho, virou alvo de críticas nas últimas semanas após edições antigas de revistas começarem a circular na internet.

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Oyamada contou à revista Quick Japan, publicada em 1995, como havia confinado um colega de classe em uma caixa de papelão e tirado sarro de um estudante com deficiências, segundo o jornal Asahi Shimbun publicou semana passada. Ele também descreveu o bullying contra um colega de classe em outra revista publicada em meados dos anos 1990, disse o veículo.

Alguns relatos da imprensa sobre as entrevistas fazem referência a tratamentos degradantes e abusivos, incluindo Oyamada forçando outra criança a comer fezes ou se masturbar. A Reuters não conseguiu verificar de maneira independente as entrevistas, embora supostas fotos das páginas das revistas tenham circulado nas redes sociais.

"Sobre a minha participação nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020, eu sinto que ter aceitado o pedido foi uma falta de consideração com várias pessoas", disse Oyamada, em sua página no Twitter.

O seu anúncio acontece apenas horas depois de os organizadores de Tóquio 2020 dizerem que gostariam que Oyamada permanecesse na preparação da cerimônia.

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Em um comunicado no seu site oficial na sexta-feira, Oyamada, também conhecido como Cornelius, disse que sentia um profundo remorso e responsabilidade.

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