Rebeca Andrade segue causando lágrimas no brasileiro. Com a conquista do ouro no solo, durante os Jogos Olímpicos de Paris, Daiane dos Santos e Diego Hypólito, ex-ginastas e atuais comentaristas da TV Globo, não seguraram a emoção durante a repercussão da conquista da atleta nascida em Guarulhos.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Para a ex-competidora, a representatividade do pódio formado por Rebeca, Simone Biles e Jordan Chiles, as duas últimas dos Estados Unidos, é fundamental para o momento. Ela também citou Bia Souza, medalhista de ouro no judô.
"É importante a gente lembrar e observar a importância da pessoa preta para o esporte brasileiro e individual. As melhores mulheres do solo são pretas. No momento que vivemos de tantos ataques, a Rebeca falou sobre representar todos. Sim, ela representa, mas a representatividade de 56% da nação, que é excluída, subjugada", analisou Daiane.
A ex-ginasta também citou ataques sofridos por Vinicius Junior e pela própria Biles, que são constantemente alvos de ataques racistas.
"Muitas vezes, quando ganha é pertencente. Mas e quando não ganha? Vimos com a Simone Biles sofrendo vários ataques. Hoje, temos esse brinde com três mulheres pretas na ginástica artística", completou.
Importância do solo na ginástica brasileira
Embora a campeã também tenha subido ao pódio no salto, no individual geral e por equipes na França, Hypólito demonstrou um carinho especial pelo solo, onde ele também fez história e conquistou a prata na Rio-2016.
"Estou muito emocionado. A ginástica começou no solo, a primeira medalha em 2001, minha irmã Daniele. Em seguida, a primeira campeã do mundo, Daiane do Santos. Minhas medalhas todas foram no solo. Você ter a última competição, com a nossa atleta, artisticamente falando, mais bonita. Finalizar com chave de ouro", destacou o ex-ginasta.
Como Hypólito citou, o solo não é especial apenas para ele e Rebeca. No aparelho, o Brasil também viu Daiane dos Santos vencendo o Mundial de Anaheim-2003 e Daniele Hypólito, irmã do atual comentarista, assegurando a prata em Gante-2001, entre outras conquistas.
Maior medalhista do Brasil
Rebeca Andrade não tem mais ninguém ao seu lado na lista de maiores medalhistas da história do Brasil nos Jogos Olímpicos. Agora com seis pódios, ela deixou os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, com cinco cada, para trás e assumiu o topo da lista.
Apenas em Paris, essa é a quarta medalha da ginasta. Ela já ganhou o bronze na disputa por equipes e a prata tanto no individual geral quanto no salto, ficando atrás de Simone Biles nos dois aparelhos. Antes, ela já havia conquistado o ouro no salto e a prata no individual geral em Tóquio-2020.
Além de Rebeca, o Brasil tem outro atleta que pode alcançar as seis medalhas. Com quatro conquistadas nos Jogos do Rio de Janeiro e Tóquio, o canoísta Isaquias Queiroz tem duas categorias para disputar em Paris.