A Arena Bercy ficou pequena nesta terça-feira, 6, para a estreia da seleção de basquete dos Estados Unidos na cidade de Paris, com público de 12.364 pessoas. A vitória por 122 a 87 contra o Brasil, pelas quartas de final, teve pouquíssimos lugares vazios e toda a área destinada à imprensa ocupada.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
O batalhão de fotógrafos também deu a dimensão da grande expectativa gerada pela constelação de craques norte-americanos no solo da capital francesa, como LeBron James, Kevin Durant, Stephen Curry, Jayson Tatum, entre outros destaques em times da NBA.
Com uma presença menor do que o usual de brasileiros nas arquibancadas, o clima na torcida era o de contemplação com as jogadas dos Estados Unidos e o de lamentação com as chances perdidas nos poucos ataques que o Brasil conseguiu concluir.
A sensação que ficou é que todos ali foram assistir a um espetáculo, uma vez que o resultado, a vitória dos EUA, parecia muito difícil de não ser concretizada. O clima só foi diferente para Joel Embiid, que foi novamente vaiado pelos franceses. Os locais não perdoaram o atleta que, nascido em Camarões e com cidadania francesa, escolheu defender os EUA.
Apesar disso, o atleta do Philadelphia 76ers foi um dos que mais fez a bola laranja passar pelo aro, com 14 pontos. Em quadra, a equipe dos Estados Unidos deu a nítida impressão de controlar o ritmo do jogo, como se fosse um treino de luxo na competição esportiva mais importante do mundo. Quando o Brasil se aproximou do placar no segundo quarto, por exemplo, os astros da NBA subiram o tom e terminaram o primeiro tempo do jogo com uma vantagem de 27 pontos.
"Acho que é uma experiência bem doida e acho que isso faz a gente melhorar, ver a distância que a gente está também deles e continuar trabalhando", disse Bruno Caboclo, o cestinha da partida com 30 pontos, ao reconhecer a dificuldade em jogar contra o 'Dream Team' do basquete dos EUA.
"Bom, a gente jogou contra as melhores seleções do mundo nos últimos dois anos, e eu posso falar que é bem diferente, sim. Fisicamente, a gente sente a nossa desvantagem e, é claro, que, jogadores veteranos, eles sabem como jogar o jogo, alguns estão há 15, 20 anos na NBA, mas paciência, né?", disse o brasileiro George de Paula.
"O importante é a gente tirar isso de aprendizado que eu acho que o basquete brasileiro vem crescendo bastante nos últimos anos", acrescentou o camisa 32 do Brasil, que anotou 15 pontos no duelo.