'Entrei em choque', diz capitã do Rugby sobre posto de porta-bandeira do Brasil

Raquel Kochhann irá representar o País na Abertura da Olimpíada, posto já ocupado por seus 'grandes ídolos'

23 jul 2024 - 13h07
(atualizado às 13h18)
Raquel é a primeira brasileira a disputar uma Olimpíada após vencer o câncer
Raquel é a primeira brasileira a disputar uma Olimpíada após vencer o câncer
Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Raquel Kochhann, capitã da Seleção Feminina de Rugby, foi escolhida para representar o Brasil na Abertura da Olimpíada de Paris-2024 ao lado do canoísta Isaquias Queiroz e comentou a emoção de assumir esse posto tão importante.

“Eu entrei em choque, fiquei paralisada, tentando entender se isso realmente estava acontecendo, se eu estava sonhando”, contou a atleta de 31 anos à CNN.

Publicidade

Preparada para representar a delegação brasileira no desfile pelo Rio Sena na sexta-feira, 26, Raquel, que está em sua terceira Olimpíada, ressaltou a surpresa que foi ter sido a escolhida.

“Eu sempre vi os meus grandes ídolos nessa posição e nunca imaginei que alguém do rugby [pudesse ser escolhido] porque a gente não tem esse vínculo com a medalha, a gente ainda está crescendo o nosso esporte”, disse.

Volta por cima

Raquel é uma das líderes das Yaras, como são conhecidas as jogadoras do rugby brasileiro, e tem uma história de superação. Ela ficou dois anos fora dos gramados por conta de um câncer, descoberto em 2022, pouco depois da Olimpíada de Tóquio.

Publicidade

Apesar de afastada, a atleta não deixou de realizar treinos e exercícios adaptados, além de acompanhar o time no dia a dia como forma de manter o lado mental preservado.

Foi em dezembro de 2023 que ela, curada da doença, voltou a ser convocada.

“Eu vejo muito pela questão da luta, do trabalho, da disciplina, do foco. O câncer é uma doença que assusta muito as pessoas e na verdade eu encarei ele como se fosse mais uma lesão. Para todo atleta, uma lesão é uma coisa muito ruim, que precisa de atenção, mas a gente precisa estar focado para poder retornar o mais breve possível”, contou a atleta.

“Se as pessoas têm foco e dedicação, e entendem que isso é um processo que precisa ser passado e com disciplina, fazer o que é pedido principalmente pelos médicos, o resultado pós pode ser incrível. E o nosso resultado está aqui, participando de mais uma Olimpíada”, finalizou.

Fonte: Redação Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se