A defensora Érika exigiu que a Seleção Brasileira feminina mantenha atenção redobrada no duelo com o Canadá, que acontecerá nesta sexta-feira (30), às 5h (de Brasília) pelas quartas de final da Olimpíada. Em entrevista coletiva na véspera da partida, a atleta destacou a missão árdua de parar a veterana Sinclair e minimizou o fato das brasileiras estarem em vantagem nos duelos recentes em amistosos sob o comando de Pia Sundhage.
"Enfrentar o Canadá é duro, independentemente dos bons resultados que tivemos nos amistosos. Sabemos que individualmente existem jogadoras que desconcentram, mas sabemos a qualidade que temos aqui do nosso lado. Temos vídeo do passado e recente, mas futebol é futebol. Não podemos desconcentrar. Acredito que vamos focadas e o objetivo é ganhar. Temos uma proposta de jogo muito boa", declarou.
Aos seus olhos, a vivência com a amarelinha contribui para que ela fique atenta aos perigos canadenses, em especial ao tentar conter a veterana Sinclair. "O Canadá vem com o gás, com vontade. A Sinclair deu um tapinha, eu pensei: "se eu jogar mulher, não vou te deixar fazer nada". Venho com outra cabeça para essa Olimpíada, com uma visão melhor do que é a competição. Não temos o convívio constante com todos os atletas, mas sabemos que este momento é diferente agora (em virtude da pandemia de Covid-19), mas isso não diminui em nada o deslumbramento de disputar essa competição", afirmou.
Em tom irreverente, Érika falou sobre a possibilidade da canadense poder ultrapassar o recorde de gols da brasileira Cristiane nos Jogos Olímpicos. "É, a Cris pode me pagar um jantar (risos)", emendou: "Sabemos que a Sinclair é uma excelente jogadora, já atuei contra e a favor, é tão bonito o futebol dela, mas temos de dar uma cutucada. Recebemos críticas, que são normais, mas a gente sabe que não pode errar", completou.
"Legal isso, é tão importante. As pessoas têm uma cabecinha fechada, mas precisam parar com isso. Foi engraçado porque os atletas olímpicos são mais novos e, com isso, mas acanhados. Os da Seleção principal é que fazem mais parte da zoação, da resenha. Mas as pessoas têm de pensar mais que não é Seleção feminina e masculina, é Seleção Brasileira", destacou.