‘Espero que abra caminhos para mais meninas’, diz surfista sobre prata de Tati Weston-Webb

Para Nicole Pacelli, surfista e bicampeã mundial, agora é preciso focar no feminino e fomentar categorias de base no esporte

7 ago 2024 - 19h22
(atualizado às 19h33)
Tati Weston-Webb leva a prata no surfe nos Jogos de Paris
Tati Weston-Webb leva a prata no surfe nos Jogos de Paris
Foto: Carlos Barria/Reuters

Não foi só Gabriel Medina que garantiu uma medalha nas águas de Teahupo'o, na Polinésia Francesa, nos Jogos de Paris. No surfe feminino, Tati Weston-Webb levou prata, e a visibilidade de sua vitória pode abrir caminho para mais meninas. É no que acredita Nicole Pacelli, surfista, bicampeã mundial e pentacampeã brasileira de stand up paddle. A atleta comentou sobre a vitória de Tati no programa Paris É Delas, do Terra, nesta quarta-feira, 7.

  • Paris É Delas é o programa oficial do Terra com os principais acontecimentos dos Jogos de Paris, oferecido por Vale. Assista aqui no Terra.

“Quando a gente vê uma mulher ganhando, as outras mulheres e meninas olham aquilo e falam: ‘Ai, eu também consigo’. Então é um caminho que não é impossível e dá aquela garra de ir atrás”, reconhece Nicole.

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Ela tem dois surfistas profissionais como pais e diz surfar desde que nasceu. Mas conta que só começou a competir mais velha, por volta de 18 anos. “Não tem tantos campeonatos para mulheres. Agora realmente começou. Mas há alguns anos não tinha circuito brasileiro feminino, só masculino”, pontua.

Nicole Pacelli, surfista, bicampeã mundial e pentacampeã brasileira de stand up paddle, no Paris É Delas
Foto: Terra

“A gente tem os atletas, o Felipinho, o Medina, o Ítalo, e aí todo mundo se pergunta 'Cadê as brasileiras?'. Gente, tem que ter um caminho, eles tiveram esse caminho, eles tiveram vários campeonatos, eles foram construindo o caminho deles. Então, eu acho que precisa focar no feminino agora”, finaliza a atleta.

Medalha de Tati

Tatiana Weston-Webb ficou muito perto de conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris. No último minuto da disputa final do surfe feminino, a brasileira conseguiu uma onda de 4.50 e chegou a 10.33. Apesar da expectativa, a nota foi insuficiente para alcançar os 10.50 da norte-americana e campeã, Caroline Marks, e ela levou a prata para casa.

Mesmo sem subir ao topo do pódio, a surfista de 28 anos viveu um sonho no mar de Teahupo'o, no Taiti: “É o momento mais alto na minha carreira, que eu tenho certeza que eu vou alcançar, mas é puro orgulho. Isso para mim é um sonho realizado. Eu nunca acreditei que o mundo do surfe ia ter essa chance. E quando teve, eu consegui”.

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Fonte: Redação Terra
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