‘Estou meio frustrada. Tudo que tinha para dar errado, deu’, lamenta Djenyfer Arnold após triatlo no Sena

Brasileira destacou a falta de reconhecimento da água

31 jul 2024 - 06h21
(atualizado às 08h33)
 Djenyfer Arnold completou o circuito na 20ª colocação
Djenyfer Arnold completou o circuito na 20ª colocação
Foto: Lisa Leutner

Após polêmicas envolvendo a falta de qualidade da água do Rio Sena, o triatlo dos Jogos Olímpicos de Paris aconteceu na manhã desta quarta-feira, 31. Uma das representantes do Brasil na modalidade, Djenyfer Arnold superou problemas na etapa da natação e completou o circuito na 20ª colocação

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O resultado, no entanto, ficou aquém do esperado pela atleta de 31 anos. Em conversa com a imprensa ao término da prova, ela externou a frustração e lamentou os empecilhos encontrados na disputa.

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“Estou meio frustrada. O 20º [lugar] não era o que eu tinha previsto. Já competi muito melhor. Apesar de ser Olimpíada, nós do circuito mundial estamos adaptadas com as mesmas adversárias. Ainda levei um pênalti que nem sei o que foi. Tive que pagar 15 segundos, coisa que nunca fiz. Tudo que tinha para dar errado, hoje deu”, desabafou a triatleta.

Ao analisar a prova, Arnold apontou a etapa da natação como principal problema da disputa. Por causa da falta de reconhecimento do Rio Sena, a brasileira teve dificuldades para lidar com a correnteza, o que complicou a sequência do ciclismo e corrida.

“O que mais me atrapalhou foi a natação. A gente não poder reconhecer foi uma surpresa na hora. Tanto que larguei do meio para esquerda, cheguei na boia pela esquerda. Só que, com a correnteza, a boia jogava na gente. Fiquei presa na boia, tomei muita porrada. Acabei fazendo a segunda boia em penúltimo, isso foi desesperador para as minhas condições. Eu achava que tinha que estar na frente”, explicou a 20ª colocada.

De acordo com Arnold, a força da água deixou o pelotão muito próximo e aumentou o desgaste na etapa inicial da prova.

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“É bem difícil. Coisa que a gente faz a boia e na volta esses 400 metros, pelo tempo que a gente leva, se tornam 800. É uma natação muito mais lenta. Nadadoras que não nadam tão bem ficam juntas, e vira uma pancadaria só. Se torna quase o dobro da natação”, lamentou.

Problemas enfrentados na correnteza à parte, a triatleta brasileira brincou ao ser questionada sobre a poluição da água: “Qualidade da água vamos saber amanhã, quando os goles [de água que ingeriu] fizerem efeito aqui dentro”.

Além de Arnold, o Brasil teve Vittória Lopes na disputa do triatlo feminino. A cearense completou o circuito na 25ª colocação.

Fonte: Redação Terra
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