Evolução mental e sistema atualizado: como Ana Patrícia e Duda se reinventaram 10 anos após título

Dupla do vôlei de praia está na final da Olimpíada de Paris e querem repetir sucesso no Jogos da Juventude

9 ago 2024 - 07h00
Ana Patrícia e Duda vencem Japão e avançam às quartas do vôlei de praia
Ana Patrícia e Duda vencem Japão e avançam às quartas do vôlei de praia
Foto: Louisa Gouliamaki/Reuters

Ana Patrícia e Duda conquistaram a medalha de ouro no vôlei de praia nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2014. Quando foram para o profissional, elas se separaram e foram atuar com outras parceiras. Em 2022, retomaram a parceria de sucesso, conquistaram um ouro e uma prata em duas edições de Mundial, e agora se preparam para disputar a primeira final da Olimpíada.

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Para Duda, foi importante o período em que elas ficaram separadas: “Fomos para Olimpíada em Tóquio com outras parceiras e nos juntamos. E eu acho que isso foi muito importante pra nossa carreira, para voltar mais forte, para entender realmente o que é uma Olimpíada. Pra não chegar aqui, às vezes, crua, sem saber nada. Então essa experiência de jogar com outras pessoas e depois juntar eu e a Patrícia foi, assim, incrível e deu certo.”

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Nos últimos 10 anos, as duas mudaram bastante. Na zona mista, elas foram questionadas pelo repórter Alexandre Massi, do jornal O Globo, sobre o que chamava mais atenção uma da outra em termos de evolução desde a primeira época de parceria.

“Patrícia teve uma mudança de chave muito grande na mental. Porque o que ela foi bombardeada no outro ciclo, ela entendeu quem era ela porque o que as pessoas falavam dela não tinha nada a ver com ela. Então acho que ela conseguiu ver que ela era isso. Ela é uma pessoa boa, ela é uma pessoa que luta, que fazer o melhor. Só quem conhece a Pati sabe quem é ela de verdade. Então pra mim ela acreditou no potencial dela, acreditou nela e ela é capaz de tudo”, elogiou Duda.

Ana Patrícia não ficou atrás nos elogios para a parceira: “Eu acho que dá pra comparar ela com o sistema. Ela sempre foi muito boa, literalmente, de todas as formas. E só atualiza o sistema, literalmente, melhorando cada vez mais. E parece até clichê a gente estar falando isso aqui, mas é de coração mesmo.”

“Quando eu cheguei em 2014, que a gente foi jogar os Jogos Olímpicos da Juventude, eu tinha 3 meses de vôlei, três meses que alguém pegou uma bola e falou: ‘Você vai ter que jogar’. Ela foi uma pessoa que me abraçou desde sempre. Nunca me deixou desistir. Até quando a gente não jogava juntos nas oportunidades que a gente tinha, era uma pessoa que sempre se dirigia a mim de uma forma muito positiva. Eu acho que ela amadureceu muito. Eu poderia dizer, o que mudou muito, ela amadureceu muito. E amadureceu sem perder as características boas dela, de ser meninona, de ser brincalhona, do jeito dela, no momento certo”, completou.

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Para a camisa número 1 do Brasil, foi Duda que nasceu para ser a melhor do mundo, ela fica satisfeita em ser “a melhor parceira”. As duas disputam a medalha de ouro nesta sexta-feira, 9, às 17h30, contra as canadenses Melissa Humana-Paredes e Brandie Wilkerson.

Fonte: Redação Terra
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