O Comitê Disciplinar da Fifa tirou seis pontos do Canadá do torneio de futebol feminino das Olimpíadas. Além disso, a entidade supendeu a técnica da seleção canadense, Bev Priestman, por um ano. A punição vem de uma investigação que apura o uso de drones pela seleção canadense para espionagem. O caso é passível de recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS).
A polêmica começou quando o Comitê Olímpico da Nova Zelândia fez uma denuncia para a polícia francesa, após avistar um drone sobrevoando o local dos treinamentos de sua seleção feminina de futebol. Em seguida, um membro da comissão técnica do Canadá foi identificado como o operador do aparelho. O comitê neozelandês fez uma queixa formal ao Comitê Olímpico Internacional e solicitou providências.
Na quarta-feira (24), a seleção feminina canadense dispensou duas profissionais, que chegaram a ser detidas pela polícia local. O Comitê Olímpico do país anunciou que mandou embora para casa o analista Joseph Lombardi, que operou o drone, e a assistente Jasmine Mander. Ambos também foram suspensos pela Fifa.
Uma reportagem da emissora TSN, do Canadá, revelou que a prática de espionagem com drones existiu nas seleções masculina e feminina do país em competições nos últimos anos - inclusive nas Olimpíadas de Tóquio. Na ocasião, o time feminino canadense foi medalha de ouro, além de ter eliminado o Brasil nas quartas de final.
A treinadora Bev Priestman havia se retirado da estreia do Canadá, na quinta-feira (25), devido à crise causada. Horas depois do jogo, a federação comunicou que Priestman ficaria fora de toda a competição. Com a decisão da Fifa, ela não poderá exercer qualquer atividade relacionada ao futebol por um ano. O auxiliar técnico Andy Spence assume o comando o time no momento.
O time canadense entra em campo neste domingo (28) contra a França. A partida está marcada para 16h, no horário de Brasília e acontecerá no Stade Geoffroy Guichard, na cidade de Saint-Étienne.