Essa é a primeira vez que Formiga não está presente em uma edição de Jogos Olímpicos desde Atlanta-1996. Ao todo, a ex-meio-campista esteve presente em sete oportunidades pela Seleção feminina de futebol. Desta vez, ela acompanha as antigas companheiras do lado de fora e está na bronca com a suspensão de dois jogos da rainha do futebol, que foi expulsa na última rodada na fase de grupos e não vai disputar a semifinal nesta terça-feira, 6, contra a Espanha.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
“Dois [jogos de suspensão] é judiação demais. Espero que as meninas possam passar para a final e ela ter a oportunidade de estar jogando e encerrar da melhor maneira possível, né, e não fora por causa de um cartão, que até porque a gente entende, quem conhece bem a Marta sabe que não é uma jogadora violenta, muito pelo contrário, aconteceu, eu acredito que se ela tivesse a oportunidade de puxar a perna, com certeza ela ia fazer, mas é um momento e às vezes não dá tempo”, analisou em entrevista exclusiva ao Terra.
Se depender de Formiga, a despedida de Marta não deveria ser em Paris. “Eu espero que ela possa jogar o último jogo pela seleção, que na minha opinião não seria o último e sim em 2027 no Brasil, que aí fecharia com chave de ouro”, afirmou sobre a disputa da Copa do Mundo que vai acontecer em casa.
A antiga companheira afirmou que a camisa 10 tem condições de prolongar a carreira com a Seleção. Porém, ela reconheceu que a amiga tem o desejo de ser mãe. “Só depende dela, né, ela vem se cuidando bem no Orlando, está jogando em alto nível, acho que vai muito pela cabeça, acho que a cabeça também pesa bastante, né, tanto tempo que ela está aí na Seleção, nos clubes jogando, ela tem sonho de ser mãe, como todos sabem, então eu vou torcer para que ela possa mudar de ideia aí e continuar, querendo ou não, vai ajudar bastante com a experiência que tem essa nova geração.”
Durante o papo, Formiga contou que voltou ao Brasil com a intenção de ser treinador após a aposentadoria dos gramados, mas acabou mudando de ideia quando viu o momento do futebol feminino e deseja investir em um curso de gestão. “A gente avança um ano, outro ano dá uns três passos para trás. Vemos clubes desfazendo da base, então ficamos um ponto de interrogação muito grande, né, será que realmente estamos evoluindo, ou algumas meninas que estão em São Paulo em si que tem uma estrutura entre as melhores do que outros estados, então é difícil a gente hoje cravar e dizer que o futebol feminino está melhor, né, eu acho que ainda falta muito para a estrutura ser 100% para os atletas”, analisou.