Isaquias Queiroz agora tem cinco medalhas olímpicas. O canoísta de 30 anos largou atrás dos rivais na final desta sexta-feira, 9, mas lutou até o fim para assumir a segunda colocação, confirmar as expectativas e conquistar a prata na C1 1.000 metros em Paris-2024.
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Para colocar mais uma medalha no pescoço, o baiano de Ubaitaba mostrou que não é um dos grandes atletas da história brasileira por acaso. Assim como fez nas baterias anteriores, o medalhista largou atrás dos rivais e chegou a cair para a quinta colocação na passagem dos 750 metros.
Porém, no quarto final da prova, ele mostrou que não deixaria a medalha escapar e, ultrapassando um por um, assumiu a segunda colocação, completou o percurso em 3min44s33 e, por pouco, não entrou na luta pelo ouro. O primeiro lugar ficou com o tcheco Martin Fuksa, que fez 3min43s16. O bronze foi de Serghei Tarnovschi, da Moldávia, com 3min44s68.
Com o resultado, o canoísta chegou aos cinco pódios olímpicos na carreira e igualou os números dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael no ranking de conquistas do Brasil no evento. Eles ficam apenas atrás da ginasta Rebeca Andrade, que tem seis medalhas.
Dias em Paris
Na capital francesa, Isaquias Queiroz viveu dias de altos e baixos. Cercado de expectativas pela possibilidade de chegar aos seis pódios na história do evento - recorde brasileiro alcançado por Rebeca Andrade em Paris - o canoísta foi escolhido como o porta-bandeira do Time Brasil na Cerimônia de Abertura, junto de Raquel Kochhann, jogadora de rugby sevens.
Em sua prova principal, o C1 1.000 metros, o atleta de 30 anos marcou 3min53s94 na bateria de qualificação e avançou direto para a semifinal. Para garantir um lugar na disputa pela medalha, ele melhorou o tempo para 3min44s80 e passou para a final com a segunda colocação.
Além do individual, o canoísta também disputou o C2 500 metros ao lado de Jacky Godmann, que também foi seu parceiro em Tóquio-2020. Nesta modalidade, o fim não foi tão feliz para o competidor.
A dupla, porém, passou longe dos melhores dias em Paris. Logo na bateria de qualificação, eles começaram bem, mas perderam ritmo e não conseguiram vaga direta na semifinal, perdendo a chance de descanso entre as etapas.
Com a necessidade de disputar as quartas, Isaquias e Jacky se encontraram na canoa e dominaram a bateria com o tempo de 1min38s78 e conquistaram a classificação com a liderança.
Na semifinal, o desempenho mais uma vez foi bom. Mesmo com a terceira colocação do grupo, eles marcaram o tempo de 1min39s95 para assegurar a vaga na decisão. Então, a disputa pela medalha foi bastante frustrante para eles. A dupla não passou de 1min42s58 e terminou a prova na última colocação.
Um dos maiores medalhistas do Brasil
Com mais essa medalha, Isaquias, de 30 anos, chegou aos cinco pódios olímpicos, igualando os números dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. Agora, o canoísta fica atrás apenas de Rebeca Andrade, que tem seis conquistas com um bronze na disputa por equipes, duas pratas no individual geral e salto, e o ouro em Paris-2024. Antes, ela já havia levado o ouro no salto e a prata no geral em Tóquio-2020.
Anteriormente, Isaquias já havia brilhado nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos. Na Rio-2016, o canoísta conquistou duas pratas, uma no C1 1.000m e outra no C2 1.000m, e o bronze no C1 200m. Em Tóquio-2020, veio o primeiro ouro, quando subiu ao topo do pódio no C1 1.000m.
Além dos feitos olímpicos, o atleta de Ubaitaba, na Bahia, tem sete ouros em mundiais e três em Jogos Pan-Americanos.