Jogos de Paris: Caio Bonfim recebe medalha um dia após vice na marcha atlética

Atleta brasileiro foi premiado nesta sexta-feira, 2, após o início das provas de atletismo no Stade de France, em Paris

2 ago 2024 - 14h48
(atualizado às 17h09)
Caio Bonfim recebe medalha de prata da marcha atlética nos Jogos de Paris
Caio Bonfim recebe medalha de prata da marcha atlética nos Jogos de Paris
Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach

O marchador Caio Bonfim finalmente recebeu a sonhada medalha dos Jogos Olímpicos de Paris. Vice nos 20 km da marcha atlética, o brasileiro foi premiado nesta sexta-feira, 2, em cerimônia no Stade de France. 

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A prova foi realizada na última quinta-feira, 1º, em um percurso de um quilômetro à beira da Torre Eiffel, na capital francesa. Além de Caio, o pódio terminou com o ouro do equatoriano Brian Daniel Pintado e o bronze do espanhol Alvaro Martin. 

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Caio só recebeu o prêmio um dia após a prova, pois a tradição olímpica prevê que a cerimônia de entrega de medalhas aconteça no estádio onde ocorre a maioria das provas de atletismo. As modalidades indoor, como os 100 metros rasos, lançamento de peso e disco e salto em altura, por exemplo, começaram nesta sexta-feira, no tradicional estádio de Paris.

A cerimônia que coroou a segunda medalha de prata do Time Brasil, então, foi realizada no começo da tarde desta sexta. 

Caio Bonfim recebe medalha de prata da marcha atlética nos Jogos de Paris
Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach

A trajetória de Caio Bonfim

Aos 33 anos, Caio Bonfim atingiu o ápice do esporte com a medalha de prata da marcha atlética nos Jogos Olímpicos de Paris. Mesmo com a mãe ex-atleta e o pai professor da modalidade, o caminho não foi fácil para o competidor do Distrito Federal, que precisou enfrentar preconceitos.

Na infância, ele pensou até em ser jogador de futebol antes de ir de vez para a marcha. Agora medalhista olímpico, o brasileiro recordou o início no esporte e as dificuldades enfrentadas antes da consagração.

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"Eu só comecei com 16 anos. Por quê? Porque era muito difícil ser marchador. No dia que eu cheguei em casa e falei: ‘Eu quero ser marchador’. Na verdade, eu tava dizendo pra eles: ‘Hoje eu decidi ser xingado sem ter problema’. Eu venci o preconceito chegando nessas provas da América do Sul”, disse o atleta. 

Um dos pontos de mudança na percepção das pessoas sobre o esporte veio nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quando completou a prova na quarta colocação. Antes, Caio Bonfim já havia participado de Londres-2012 e, depois, foi a Tóquio-2020.

“Na minha cidade, eu brinco que antes da Olimpíada do Rio era sempre xingado pra poder marchar. Depois da Olimpíada do Rio, o som da buzina mudou. Os caras até exigiam. ‘Tá flutuando, cuidado!’ Mas eu queria mudar isso. E hoje é isso que representa”, explicou.

Com o pódio inédito para o Brasil, Caio Bonfim espera mudar a percepção das pessoas quanto aos marchadores

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Fonte: Redação Terra
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