Brasil tem prata inédita e vê Daniel Dias aumentar coleção

Delegação verde e amarela conseguiu quatro pódios no 2º dia dos Jogos Paralímpicos

26 ago 2021 - 10h31
(atualizado às 10h52)

O segundo dia do Brasil na Paralimpíada teve quatro medalhas, assim como o primeiro: Daniel Dias conquistou mais um bronze em prova individual na natação, na prova dos 100m livre da classe s5, e fez parte da equipe de revezamento 4x50m livre que chegou em terceiro. Contando com essas, o atleta chegou a 27 medalhas paralímpicas.

Daniel Dias exibe a medalha de bronze conquistada nos 100m livre
Daniel Dias exibe a medalha de bronze conquistada nos 100m livre
Foto: Ale Cabral/CPB

Jovane Guissoni voltou a trazer uma medalha na esgrima em cadeira de rodas - ele já havia sido ouro em Londres-2012 e levou uma prata em Tóquio. Outra prata foi alcançada por Rodolpho Riskalla no hipismo adestramento, grau IV. O Brasil também alcançou boas vitórias no tênis de mesa, enquanto a seleção masculina de goalball acabou sofrendo uma virada dos Estados Unidos e perdeu por 8 a 6. Confira os outros destaques.

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Natação

Daniel Dias voltou a brilhar em Tóquio. O nadador, maior medalhista paralímpico brasileiro na história, conseguiu o segundo bronze em Tóquio com uma bela arrancada no final da prova dos 100m livre da classe s5, ultrapassando dois adversários nos dez metros finais. Em outras provas individuais, Joana Neves, Talison Glock, Ruan Felipe e Matheus de Souza disputaram finais, mas não conseguiram medalhas.

Delegação brasileira ficou com a medalha de bronze no revezamento 4x50 m
Foto: Ale Cabral/CPB

No revezamento 4x50m livre 20 pontos, Daniel Dias, Joana Neves, Talisson Glock e Patrícia Pereira conquistaram outro bronze, chegando apenas sete centésimos à frente da equipe ucraniana. A China obliterou o recorde mundial da prova, diminuindo tempo anterior em quase três segundos.

Esgrima

Jovane Guissone conquistou a medalha de prata na esgrima
Foto: Takuma Matsushita/CPB

Jovane Guissone alcançou sua segunda medalha em Paralimpíadas. Após o ouro em Londres, o brasileiro fez grande campanha em Tóquio na espada, e na final contra o russo Alexander Kuzyukov, acabou derrotado por 15 a 8. Nada que apague o brilho do atleta. Além dele, Carminha Oliveira competiu, mas não conseguiu passar da fase de grupos.

Hipismo

Rodolpho Riskalla levou a prata no hipismo
Foto: Wander Roberto/CPB

Junto com o cavalo Don Enrico, Rodolpho Riskalla brilhou em uma apresentação na classe IV que contou com 'Aquarela do Brasil' e Halo, música de Beyoncé. O brasileiro conseguiu 74.659 pontos e ficou com a prata, enquanto o ouro foi da holandesa Sanne Voets (76.585).

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Tênis de mesa

Com muitos atletas, o tênis de mesa viu algumas vitórias relevantes ainda na fase de grupos. Israel Stroh conseguiu a segunda vitória em duas partidas ao derrotar o egípcio Mohamed Youssef por 3 sets a 1 na classe 7, enquanto Bruna Alexandre estreou com vitória sobre a australiana Melissa Tapper por 3 sets a 0. Joyce de Oliveira, da classe 4, e Carlos Alberto Carbinatti, da classe 10, conseguiram a primeira vitória, após derrota na estreia, e seguem com boas chances de classificação.

David de Freitas foi derrotado pelo tailandês Yuttajak Glinbancheun na classe 3, mas como havia vencido por WO na primeira rodada, se classificou para a próxima fase. Marliane Santos, também da classe 3, e Luiz Filipe Manara, da classe 8, perderam pela segunda vez e têm chances remotas de classificação.

Goalball

A seleção masculina de goalball fez um jogo emocionante com os Estados Unidos, cheio de gols e reviravoltas. O Brasil chegou a liderar o placar, mas acabou sendo derrotado por 8 a 6. O revés não deve trazer maiores problemas, já que o Brasil deve se classificar com apenas mais uma vitória dos dois jogos que ainda disputa na fase de grupos.

Halterofilismo

Três brasileiros competiram, embora não tenham conseguido medalha: João Mário França, da categoria até 49kg, levantou 144kg e sua segunda tentativa e acabou em sexto. Lara Aparecida, na categoria até 41kg, ergueu 88kg e terminou na quinta colocação. Bruno Carra, da categoria até 54kg, não conseguiu levantar 157kg em três tentativas.

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Ciclismo

Lauro Chaman e André Grizante competiram na prova de contrarrelógio das classes C-4 e C-5, e não conseguiram subir ao pódio: Chaman ficou na nona colocação e Grizante na 21ª.

Esportes coletivos

No rúgbi em cadeiras de rodas (misto), a Austrália bateu a França em jogo apertado e com emoção até o fim pelo placar de 50 a 48. Já a Grã-Bretanha atropelou a Nova Zelândia por 60 a 37, os Estados Unidos ganharam do Canadá por 58 a 54 e os anfitriões japoneses bateram a Dinamarca por 60 a 51.

No basquete em cadeiras de rodas masculino, os Estados Unidos estreou com vitória sobre a Alemanha por 58 a 55, a Espanha passou por cima do Canadá (78 a 41), os britânicos não deram chance para a Argélia (70 a 43) e a Austrália bateu o Irã por 81 a 39. Na modalidade feminina, os Estados Unidos se recuperou da derrota na estreia e superou a Espanha por impiedosos 68 a 34, a Turquia venceu a Coreia do Sul por 80 a 70 e o Japão ganhou da Inglaterra por 54 a 48.

Chineses, russos e britânicos acordam

Depois do domínio australiano no primeiro dia, foi a vez de China, Grã-Bretanha e Rússia mandarem bem no primeiro dia. Os chineses têm a maior quantidade de medalhas e lideram o quadro com oito ouros; britânicos e russos foram bem na natação e chegaram aos mesmos seis ouros da Austrália. A Holanda conseguiu cinco ouros e três ouros e fecha o top-5. Após um primeiro dia com duas pratas, os Estados Unidos conseguiram dois ouros na natação (leia mais a seguir). O Brasil está em décimo, com um ouro, três pratas e quatro bronzes.

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Manhã de recordes

Não faltaram quebras de recordes mundiais na natação olímpica. A equipe chinesa do revezamento 4x50m livre 20 pontos diminuiu o recorde anterior em quase três segundos. As norte-americanas Gia Pergolini e Anastasia Pagoni também conseguiram quebrar marcas, a primeira nos 100m costas da classe s13 e a segunda (que tem só 17 anos) nos 400m da classe s11. O bielorrusso Ihar Boki conseguiu sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio com o recorde mundial nos 100m da classe s11.

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