O Comitê Organizador dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020 tomaram uma decisão definitiva e anunciaram nesta segunda-feira que o evento será realizado sem a presença de público, tal qual a Olimpíada, que terminou no último dia 8. A Paralimpíada será ainda mais restrita em relação a exceções e a organização pede que a população japonesa não compareça às competições de rua.
A medida tomada nesta segunda-feira tem como base o aumento de infecções pela covid-19 nas últimas semanas. O número disparou no Japão durante os Jogos Olímpicos e a organização tenta proteger os atletas paralímpicos, que fazem parte do grupo de risco da doença.
No último domingo, o Japão registrou 17.902 novos casos de covid-19, com 10 mortes. O país tem até agora 49,6% da população vacinada pelo menos com a primeira dose contra o novo coronavírus.
A decisão foi oficializada após uma reunião entre o presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), o brasileiro Andrew Parsons, o presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020, Seiko Hashimoto, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e o ministro olímpico Tamayo Marukawa.
A Paralimpíada começa no próximo dia 24 e terá a presença de 4.400 atletas, menos da metade dos cerca de 11 mil presentes na Olimpíada. O evento vai até 5 de setembro. "Com o número de casos em Tóquio e no Japão, todos que vão aos Jogos precisam permanecer em alerta", disse Parsons logo após a decisão de não permitir a entrada de público na competição.
Os Jogos Olímpicos também não tiveram público na grande maioria dos eventos, exceto em alguns fora de Tóquio. A decisão sobre o público nos Jogos Paralímpicos foi empurrada para os últimos minutos para monitorar a evolução da pandemia do novo coronavírus, assim como aconteceu com a Olimpíada, cuja proibição do público só foi definida a poucos dias antes da cerimônia de abertura.