Nesta quarta-feira (4), a brasileira Lara Lima conquistou uma medalha inédita para o Brasil em Paralimpíadas ao ficar com o bronze no halterofilismo na categoria até 41Kg. Ela levantou 109kg e ficou na terceira colocação do levantamento de peso. Essa foi a 50º medalha do Brasil nas Paralimpíadas de Paris, que estreou na modalidade nessa edição.
Aos 21 anos, a brasileira fez um ótimo ciclo paralímpico e chegou em Paris como uma candidata ao pódio. Lara largou na liderança ao levantar 105kg em sua primeira tentativa, mas logo foi ultrapassada pela nigeriana Esther Nworgu, com 106kg, e posteriormente pela chinesa Cui Zhe, com 108 kg. Na segunda rodada, Lara melhorou sua marca para 107kg, porém foi superada pelas mesmas atletas, com 112kg para a nigeriana e 113kg para a chinesa. Na rodada seguinte, a jovem subiu sua marca para 109kg, não conseguiu passar suas adversárias, mas garantiu o bronze. Por fim, Nworgu atingiu a marca de 118kg e ficou com a prata, enquanto Zhe bateu os 119kg, foi ouro e bateu o recorde paralímpico.
O atletismo é o principal responsável pelas medalhas do Brasil em Paris, tanto no geral quanto no ouro, com 24 e 8, respectivamente. Além disso, são 16 medalhas para a natação; 4 para o tênis de mesa; 2 para o taekwondo; e badminton, tiro esportivo e triatlo com 1 cada. Ao todo, são 14 ouros, 12 pratas e 24 bronzes. Nesse momento, o Brasil ocupa a 4ª colocação do quadro de medalhas. O objetivo final é permanecer entre os cinco melhores países no evento.
Lara Lima é mineira e nasceu com mielomeningocele, uma doença que afeta a espinha dorsal, e artrogripose, o que limitou os movimentos de seus membros inferiores. Durante o ciclo paralímpico, a brasileira conquistou: bronze na categoria até 41kg na Copa do Mundo de halterofilismo em Tiblissi, na Geórgia, 2024; ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023; entre outras conquistas.