A poucas remadas dos Jogos Olímpicos de Paris, em reta final de preparação, Lucas Verthein mostra que vive fase especial. Neste sábado (15), o atleta chegou à final da terceira etapa da Copa do Mundo de Remo, em Poznan, na Polônia. Com o resultado, o brasileiro já figura entre os seis melhores do mundo no Single Skiff.
Na sua semifinal, em que apenas três dos seis remadores se garantiam na final, Lucas fez uma prova segura e controlando o ritmo do início ao fim. O remador marcou de perto o croata Damir Martin e o polonês Piotr Plominski. Este último, liderou até os 500m finais, sempre com o croata na sua cola, que o ultrapassou no fim e venceu com o tempo de 7min33s. O polonês acabou em segundo (7min34s), enquanto o brasileiro ocupou a terceira colocação com apenas um segundo atrás (7min35s).
- As condições estavam bem adversas hoje, com muito vento contra, o que fez a prova ser bem mais lenta. Nem por um momento foi mais tranquila, porque todos queriam as três primeiras vagas para estar na final e no Top 6 do mundo. Então, foi bem duro, sabia que tinha que ir no bolo para conseguir a vaga, mas, principalmente, para buscar a ponta, o que tentei fazer o tempo todo. Infelizmente, não foi hoje, mas cheguei bem próximo do croata e do polonês, com a diferença de apenas um segundo de um para o outro. Fiz o meu melhor, busquei remar bem, não foi tecnicamente da maneira como eu gostaria, mas o principal é terminar a prova sabendo que tenho a evoluir - declarou, Verthein.
Na sua última prova antes das Olimpíadas de Paris, Lucas Verthein mostra que chega forte para a competição. A vaga na final é inédita não só para o atleta, como para o remo brasileiro no geral. A Copa do Mundo de remo conta com uma série de atletas que também estarão nos Jogos Olímpicos. Por isso, serve como um teste para o evento que iniciará em julho.
- Hoje, estou aqui com todo o apoio que eu poderia contar. O Comitê Olímpico do Brasil disponibilizou um massoterapeuta para estar ao nosso lado, o que somou demais para mim para conseguir obter um resultado como esse. O Julinho foi um diferencial muito grande, para prevenir lesões, cuidar bem da musculatura, de recuperar de um dia para o outro e até no trabalho de aquecimento antes da prova. Gratidão por tudo o que está acontecendo. Agora é buscar fazer ainda melhor na final, com atitude o tempo todo, acreditando na vitória do início ao fim. É aquilo: vamos buscar nos divertir porque difícil era quando a gente começou - finalizou.
Os demais finalistas, que fizeram os melhores tempos na outra semifinal, são o neozelandês Thomas Mackintosh, o dinamarquês Sverri Nielsen e o inglês George Bourne. A prova está marcada para às 7h20 de domingo (16), no horário de Brasília.