Mãe comprou 1º skate de Japinha em loja de departamento e deu plantão em 2 turnos para seguir filho

Silvana Takahashi acompanhou de perto a conquista do bronze nos Jogos Olímpicos de Paris

7 ago 2024 - 16h02
(atualizado às 23h40)
Foto: REUTERS/Mike Blake

Augusto Akio, mais conhecido como Japinha, ficou com a medalha de bronze na disputa do skate park nesta quarta-feira, 7, para felicidade da mãe, Silvana Takahashi, que acompanhou a disputa ao vivo e ficou “desidratada” com a conquista do filho.

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“É muito emocionante. Ainda não parei de chorar”, declarou enquanto filho atendia a imprensa após o pódio. Ela não conseguiu esconder a lágrima que escorria pelo rosto de uma mãe orgulhosa.

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Japinha dedicou a sua conquista à mãe. Ele relembrou que ganhou o primeiro skate aos 7 anos, que foi comprado em uma loja de departamento e que a mãe trabalhava em dois turnos para poder acompanhá-lo nos torneios aos finais de semana. Eles viajavam de carro para Estados próximos ao Paraná.

“Minha mãe estudou muito, trabalhou muito, quantos plantões ela fez, e mesmo trabalhando em dois empregos, ela viajava comigo, fim de semana sim, fim de semana não. A gente viajou muito, São Paulo, Rio de Janeiro, regiões ali ao redor, Santa Catarina, Porto Alegre, tudo isso era viagem de carro assim, que, que mano, eu não sei como que ela aguentava, ela trabalhava a semana inteira, chegava na sexta-feira à noite, me colocava no carro e a gente ia pra onde fosse que tivesse campeonato”, contou o medalhista.

Foto: Luiza Moraes/COB

Para Silvana, nada disso foi “sacrífico”: “O sonho dele era andar de skate. E a gente só quer ver o filho feliz, né? Então a gente dava força. Ele era feliz andando de skate, por isso a gente levava”.

E será que ela imagina que o skate ia crescer tanto a ponto de virar esporte olímpico? “A emoção é muito grande mesmo. Ainda estou perdida aqui”, explicou.

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Japinha também citou o pai na conversa com os jornalistas e contou que Altamiro Alves dos Santos cresceu em uma casa sem banheiro. Uma fossa era compartilhada entre os vizinhos.  “A maneira que ele encontrou para buscar o que ele queria era o estudo, ele estudou muito. Ele se formou em engenharia, na Federal do Paraná, atuou como engenheiro, depois de formado, já atuando na área da engenharia, ele decidiu estudar advocacia. Com essas duas formações, ele prestou concurso público para trabalhar como professor na Universidade Tecnológica do Federal do Paraná, na UTF-PR, onde ele leciona noções de direito pra quem tá concluindo o curso de engenharia”, relembrou o medalhista olímpico.

“Uma pessoa que batalhou muito pra realizar os sonhos, e ele acreditou no meu amor pelo skate, porque quando eu comecei a andar de skate, quando eu quis andar de skate, o skate não era um esporte olímpico, ele ainda tinha um certo preconceito, era um esporte um pouco marginalizado.”

Fonte: Redação Terra
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