A brasileira Jaqueline Ferreira será a representante do País no levantamento de pesos, na categoria 87kg, na Olimpíada de Tóquio. Mesmo embarcando para sua terceira edição dos Jogos, após participações em Londres-2012 e no Rio-2016, a atleta não escondeu a enorme ansiedade e o medo com a situação do planeta. Perdeu até o sono se preparando para ir ao Japão.
Ao lado de seu técnico, Dragos Stanica, ela embarcou para o Japão nesta terça-feira à noite. Fará uma parada em Istambul antes do destino final. Para competir no dia 2 de agosto em busca de um resultado inédito.
Ela imagina "quebrar o gelo" apenas quando chegar na Vila Olímpica. Até lá, não esconde estar sofrendo com a enorme ansiedade. "Sonhei muito, essa noite eu nem dormi direito de tanta ansiedade. Dormi pouco, pensando, sem querer esquecer nada", afirmou. "Mas estou muito feliz," garantiu, ainda no Aeroporto Santos Dumont, no Rio.
Mesmo embarcando para a terceira Olimpíada, a atleta carioca não esconde ser um momento único e completamente distinto das outras vezes. "Cada um é diferente, mas igualmente feliz, emocionante. Agora são Jogos de muita esperança e é diferente pelo momento que a gente está vivendo, com essa pandemia. Tem que ter muito mais cuidado, cautela, mas não deixa de ser muito feliz."
Um adversário a mais será o fuso horário japonês. Por isso o embarque com dias de antecedência. A ideia é descansar na chegada antes de iniciar a adaptação. "É destruidor, muito pesado. Mas estamos tranquilos, temos de nos adaptar", afirma Dragos Stanica.
Segundo ele, é preciso entrar de cabeça no fuso horário, evitando as famosas sonecas ao longo do dia no Japão e buscar dormir o máximo possível durante a noite. "Vamos aproveitar o momento dos nossos atletas e sentir a grandeza dos Jogos Olímpicos."