Em uma edição marcada pela igualdade de gênero, as mulheres fizeram história para o Brasil e foram as únicas a subir no topo do pódio nos Jogos Olímpicos de Paris. Isso nunca tinha acontecido antes.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
O País terminou a competição com apenas três ouros: Bia Souza (judô), Rebeca Andrade (ginástica artística) e Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia). Também foram sete pratas e 10 bronzes, totalizando 20 medalhas brasileiras da Olimpíada de 2024.
Ouros estes que mostram não somente o potencial do Brasil em diferentes modalidades, mas a necessidade de incentivo, cada vez mais abrangente, à participação feminina no esporte.
Primeira estreante a alcançar o lugar mais alto do pódio em modalidades individuais dos Jogos Olímpicos, Bia Souza celebrou a possibilidade de se tornar um exemplo de representatividade, especialmente às meninas pretas.
Espero trazer como inspiração que elas acreditem que todo sonho é possível. Não vou falar que é fácil, não é. Acho que nada que é grandioso é fácil de ser conquistado. Independente. Lutem, acreditem, confiem, deem o máximo de si mesmo. A gente acha que nada vai dar certo, mas, no final, acaba valendo a pena.
O Time Brasil desembarcou em Paris com 276 atletas, sendo 153 mulheres, o que representa 55% da delegação nacional. Essa também foi a primeira vez na história que as representantes femininas chegaram em maioria na competição.
Em números, as mulheres são responsáveis por 12 medalhas na Olimpíada, 60% das conquistas brasileiras em Paris. Os homens asseguraram sete pódios, 35% do total, e equipes mistas ficaram com os cinco percentuais restantes, com uma medalha.
O grande destaque do Brasil e da Olimpíada como um todo atende pelo nome de Rebeca Andrade. Elogiada pela rival Simone Biles, a ginasta conseguiu desbancar a norte-americana no solo quando ficou com o 1º lugar, mas também esteve no pódio para receber duas pratas (salto e individual geral), além da conquista em equipe do bronze.
Após se tornar a maior medalhista olímpica do Brasil, entre homens e mulheres, a ginasta exaltou a representativade.
Ser uma mulher negra no Brasil é algo de que me orgulho muito, independentemente dos meus resultados. Nunca passei por um momento ruim no esporte em relação à minha cor, mas meus irmãos passaram por isso e isso dói ainda mais do que se tivesse acontecido comigo
A surfista Tatiana Weston-Webb confirmou a expectativa e ficou com a medalha de prata. A judoca Larissa Pimenta, a skatista Rayssa Leal e boxeadora Bia Ferreira foram ao pódio para receber o bronze, além da equipe de ginástica artística, com Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira.
Nos esportes coletivos, as mulheres também conquistaram a prata na final do futebol feminino e o bronze no torneio olímpico de vôlei.
Sem medalha no vôlei masculino pela segunda edição seguida, os homens conquistaram prata com Isaquias Queiroz (canoagem), William Lima (judô) e Caio Bonfim (marcha atlética).
Os bronzes vieram com Gabriel Medina (Surfe), Augusto Akio (Skate Park), Edival Pontes "Netinho" (Taekwondo), e Alison ‘Piu’ dos Santos (Atletismo).
Por fim, considerando equipes mistas, entre homens e mulheres, o time brasileiro de judô faturou o bronze no desempenho em grupo, com Beatriz Souza, Rafaela Silva, Larissa Pimenta, Ketleyn Quadros, Daniel Cargnin, Rafael Macedo, Léo Gonçalves, Guilherme Schimidt, Rafael Silva e Willian Lima.
“Primeira vez na história que tem mais mulheres na Olimpíadas. E parabéns para elas que estão representando, levando o Time Brasil nas costas”, elogiou Isaquias Queiroz.