'Não estava pronto para ir embora', diz Zé Roberto sobre 'taquicardia' antes de jogo

As meninas do vôlei conquistaram a semifinal com placar de 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/13 e 25/17

6 ago 2024 - 12h38
(atualizado às 13h05)
Zé Roberto, técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei
Zé Roberto, técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei
Foto: Fotos Luiza Moraes / COB @timebrasil

O técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei José Roberto Guimarães, de 70 anos, mais conhecido como Zé Roberto, passou por momentos de tensão nesta terça-feira, 6, na Arena Paris Sul. Antes de o grupo superar as dominicanas e garantir vaga na semifinal nos Jogos Olímpicos de Paris, ele chegou a sentir 'taquicardia'. 

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"Hoje eu saí da Vila e falei assim: 'Eu não estou preparado para ir embora. Não estou, não estou, não estou... E aí eu estava caminhando para o ônibus e meu batimento cardíaco foi a 106. Eu falei: 'Porra, não fico assim normalmente. É 76, 77, normalmente... Estava estranho. Eu vim [para a Arena Paris] com esse pensamento, de que iríamos ficar. Porque é ir para a zona de medalha ou ir embora, acabou tudo. Já senti esse gosto antes e não queria repetir", lembrou, ao admitir que essa era o jogo mais complicado da Olimpíada.

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As meninas do vôlei conquistaram a semifinal com placar de 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/13 e 25/17. Sem derrotas em sets até o momento, o time segue em uma boa maré.

Thaisa Daher, meio de rede, atribui o sucesso ao trabalho em equipe e ao planejamento anterior ao jogo. Apesar do preparo, Zé Roberto, revelou que preferia que o time não duelasse contra as dominicanas, visto que o time tinha um treinador brasileiro, Marcos Kwiek, que trabalhou com a Seleção canarinha até 2007.

"É pelo conhecimento que ele tinha [da nossa equipe] e saber que esse jogo é um jogo que pode mudar tudo. Ele trabalhou comigo na Seleção por muito tempo, me conhece muito bem. Então, era uma atmosfera... Eu disse assim, não pode ser carma, não é possível cruzar a Dominicana. Era o time que eu menos queria cruzar, era a Dominicana. Mas graças a Deus deu tudo certo", acrescentou. 

Zé Roberto elogiou as atletas e enfatizou a sinergia e foco das jogadoras.

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"O que me a chama atenção não é só o que estão fazendo dentro da quadra, nos treinos, jogos, mas na parte fora, como estão se cuidando, tendo o horário de descanso; como estão se alimentando, como encaram os estudos, porque recebem as informações. Não tem briga, não tem discussão. Eu vejo um time voltado para isso. O ambiente está ótimo. Se vai ganhar ou não, é outra coisa, mas eu não posso falar um 'ai' de preocupação. A preocupação, graças a Deus, tem sido só o adversário", relata Zé Roberto sobre o time.

A caminho de uma semifinal nos Jogos Olímpicos de Paris, ele evita fazer previsões sobre a próxima rodada. Para ele, cada etapa, cada competição e cada campeonato é um momento diferente.

"Nada do que eu vivi, vou viver de novo. Do nada acontecem coisas, o favorito perde, o azarão ganha [...] Isso é o que eu chamo de espírito olímpico. Você tentar até o final. Tentar até as últimas forças, se exaurir. A imagem que eu tenho de um campeão é um cara exausto, morto, mas tentando até o final".

Fonte: Redação Terra
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