O boxe brasileiro conseguiu repetir o ouro da edição passada dos Jogos Olímpicos, desta vez com a vitória de Hebert Conceição nas categorias dos médios. O pugilista estava perdendo por pontos contra o ucraniano Oleksandr Khyzhniak até aplicar um nocaute espetacular no terceiro round. Ele destacou o esforço para a conquista da medalha neste sábado.
"É uma sensação indescritível, apesar de a ficha não ter caído. Foi surpresa pra muita gente, mas pra mim não foi, é uma gratidão imensa de representar o Brasil, a Bahia, Salvador… Quero agradecer a energia positiva, essa medalha não só minha", disse, em entrevista à TV Globo.
Quando começou o último round, Hebert Conceição sabia que estava em desvantagem na pontuação por 20 a 18 na contagem de todos os jurados. Ele destacou as dificuldades da luta e reclamou da postura do adversário da final, que exagerou em golpes na nuca.
"Eu sabia que seria um adversário duro, ele é sujo, atrapalha quando a gente joga, usa muito cotovelo. Eu sabia que estava perdendo, sabia que tinha três minutos pra trocar a medalha, na troca de golpe eu não tinha mais nada a perder", explicou.
Hebert Conceição ofereceu sua conquista às pessoas que passaram pelo sofrimento da pandemia do coronavírus, seja perdendo parentes e amigos ou até mesmo sendo prejudicados em seus empregos. "Espero que eu tenha proporcionado alegria e tenha feito a diferença para vocês", afirmou o pugilista, que pediu uma recepção controlada em Salvador. "Pessoal pode ir me receber, mas sem aglomerações", finalizou.