Para a psicóloga do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Aline Wolff, esta é a Olimpíada da saúde mental. Em entrevista ao programa Paris É Delas, do Terra, nesta sexta-feira, 9, a psicóloga comentou sobre a importância de ‘virar a chave’ diante dos desafios de ser um atleta de alto rendimento. Para ela, em meio aos diversos jogos consecutivos e possíveis frustrações, a saúde mental deve ser a base.
Paris É Delas é o programa oficial do Terra com os principais acontecimentos dos Jogos de Paris, oferecido por Vale. Assista aqui no Terra.
“Um atleta que se conhece, um atleta que se cuida, um atleta que tem uma boa estrutura psicológica, emocional, uma saúde emocional legal, vai ter mais facilidade de virar essa chave, né? Claro que perder uma chance de medalha de ouro dói, de verdade. É importante processar essa emoção para que no outro dia já seja uma outra história”, explica a profissional.
Para ela, o que o atleta realmente precisa conquistar é uma boa estrutura emocional. “É muito importante a gente entender que o alto rendimento e a performance passam primeiro pela saúde”, frisa.
Em exemplos como o de Simone Biles, ginasta estadunidense que desistiu nas competições na Olimpíada de Tóquio para cuidar de sua saúde mental, e o do canoísta brasileiro Isaquias Queiroz, que enfrentou diversos desafios ao longo de sua trajetória, algo fica claro para a psicóloga: “É possível ser vulnerável, cuidar da saúde mental e voltar ainda melhor. Essa é a grande mensagem”.