Durante a cobertura da Olimpíada de Paris no programa Paris É Delas, o colunista Fefito expressou indignação em relação à situação enfrentada por Izabela da Silva. A atleta do lançamento de disco, que é medalhista de ouro nos Jogos Pan-americanos Santiago-2023 e finalista olímpica em Tóquio-2020 no lançamento do disco, recebeu um uniforme masculino do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Paris É Delas é o programa oficial do Terra com os principais acontecimentos dos Jogos de Paris, oferecido por Vale. Assista aqui no Terra.
A situação constrangedora aconteceu no último sábado, 20, quando ela recebeu os uniformes que usará na competição. Ela não recebeu roupas femininas porque a Puma, fornecedora da Confedereção Brasileira de Atletismo (CBA), não tinha modelagens no seu tamanho
"O discurso é bonito, mas a prática não é sempre assim", criticou Fefito, ao ressaltar que, com quatro anos de preparação para uma Olimpíada, seria esperado que se pensasse no conforto dos atletas, na diversidade de corpos e na diversidade de esportes.
No entanto, segundo observou, a realidade mostrou que ainda há despreparo para lidar com o tema.
"Com quatro anos de preparação, é uma vergonha que a gente tenha que lidar com o episódio com uma atleta se sentindo humilhada, recebendo um uniforme que não foi pensado para seu corpo, que não favorece o seu corpo, que não favorece o seu esporte", declarou Fefito.
De acordo com o colunista do Terra, a situação de Izabela da Silva foi um exemplo de machismo e insensibilidade o COB.
"Isso implica mil questões. Isso é sexismo, isso é machismo, isso sim também é genocídio. Porque é como se enquadra o corpo feminino dentro do imaginário masculino", destacou.
Em nova conjunta com a CBA, a Puma afirmou que iria resolver o caso com a empresa que desenvolve os uniformes, visando atender "a corpos diversos, e especificamente em vestuário, do PP ao 4GG". Ao blog de Diogo Dantas, do jornal O Globo, a Puma garantiu o fornecimento do material adequado para a atleta e pediu desculpas.