A atleta olímpica do remo Fernanda Nunes defendeu o protagonismo feminino nesta edição dos Jogos Olímpicos de Paris. Em entrevista a Renata Veneri nesta quinta-feira, 8, ela falou ao Paris é Delas, programa do Terra, sobre a emoção de ter mulheres fazendo bonito no pódio em Paris.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
"Ser mulher realmente já é um grau de heroísmo muito grande, né? Porque você vai de uma a uma conversando, e você vê histórias inacreditáveis. Eu acho que não só essa é a primeira Olimpíada com equidade, mas se tratando de Brasil, os nossos melhores resultados até o momento estão vindo das mulheres. Eu acho isso importantíssimo. Sabendo que a gente ainda não tem uma equidade de gênero real", comentou.
Para a atleta, ainda é comum ver os resultados obtidos por mulheres sendo inferiorizados em comparação aos homens, quando elas não conseguem chegar ao pódio. "Você vê que ainda tem um caminho longo a trilhar. Mas tem uma mulherada já muito forte, tipo, 'esse aqui é meu lugar e eu não vou sair'", disse.
Falando da própria experiência olímpica, a remadora disse que enfrentou um período de depressão, em que desejou largar o esporte, que sempre foi sua motivação na vida.
"Estou desde os meus 12 anos de idade no remo. E a partir do momento que eu conseguir fincar meu pé e ficar, eu acho que é um momento que eu falo assim: 'Esse lugar é meu e não vai vir ninguém me tirar desse lugar'" lembrou.
Sendo assim, para ela, é necessário que as mulheres atletas olímpicas “finquem os pés” e mostrem que vivem do esporte, e que são treinadoras, e que são necessárias nesse ambiente.
"A gente ainda tem um caminho, mas eu vejo uma leva de mulheres, as mais novas principalmente, e eu fico orgulhosa", completou Fernanda.