Tic-tac para Victor Wembanyama; Dennis Schröder; Jokic; James, Curry, Durant e toda aquela panela maravilhosa...
Falta pouco para conhecermos as cores das medalhas.
Os Jogos de Paris terminam neste sábado e na lista de superestrelas citadas acima, só as de um país ficarão sem medalhas.
França
Anfitriões dos Jogos, e prata em Tóquio, os franceses possuem seis jogadores que atuam na NBA. A principal aposta, claro, é no pivô Victor Wembanyama, de apenas 20 anos - selecionado como primeira escolha geral pelos Spurs no draft de 2023. Logo na primeira temporada nos Estados Unidos, disputou 71 partidas com uma média de 21,4 pontos por jogo.
Wemby e cia. chegaram às semifinais dos Jogos eliminando o Canadá. O time de Shai e Jamal era apontado como uma das principais ameaças ao Dream Team dos EUA.
O curioso é que os franceses nem precisaram do brilho no ataque do gigante de 2,24m. Wembanyama anotou apenas sete pontos no triunfo - foi importante, porém, na defesa, com 11 rebotes [nove defensivos], três roubos de bola e um toco.
Já contra os alemães, na classificação para a final, Victor Wembanyama anotou 11 pontos, sete rebotes, quatro assistências e três tocos. Vitória por 73 a 69.
Impactante.
Franceses na NBA: Nicolas Batum (Philadelphia 76ers); Bilal Coulibaly (Washington Wizards); Evan Fournier (Detroit Pistons); Rudy Gobert (Minnesota Timberwolves); Frank Ntilikina (Dallas Mavericks) e Victor Wembanyama (San Antonio Spurs).
Alemanha
Atual campeã do mundo, a Alemanha é liderada pelo primeiro atleta negro escolhido como porta-bandeira do país em uma Olimpíada: Dennis Schröder.
O camisa 17, que é filho de pai alemão e mãe gambiana, foi o principal jogador da equipe que venceu o Mundial de 2023, sendo eleito MVP da competição.
Armador do Brooklyn Nets, Dennis Schröder já teve passagens por outros times da NBA como Atlanta Hawks; Oklahoma City Thunder; Los Angeles Lakers; Boston Celtics; Houston Rockets e Toronto Raptors. Dennis está na maior liga de basquete do planeta desde 2013.
Na seleção, Schröder "divide" protagonismo com os irmãos Franz Wagner e Moritz Wagner, que jogam juntos no Orlando Magic.
Para chegar à fase final dos Jogos, os alemães venceram a Grécia de Giannis Antetokounmpo na quartas, com vitória por 76 a 63. Curiosamente, as duas seleções saíram do grupo B, o mesmo do Brasil.
Na luta pela vaga na final o armador foi o cestinha com 18 pontos, mas teve muita dificuldade para encontrar espaço nas infiltrações. Restou o sonho do bronze...
Alemães na NBA: Dennis Schröder (Brooklyn Nets); Daniel Theis (New Orleans Pelicans); Franz Wagner (Orlando Magic) e Moritz Wagner (Orlando Magic).
Sérvia
Já entre os sérvios, cinco jogadores atuam na NBA. O principal, sem dúvida, o pivô do Denver Nuggets, Nikola Jokic, eleito o MVP da última temporada regular, tornando-se assim o primeiro jogador estrangeiro a receber a honraria três vezes na história [eleito também nas temporadas de 2020/21 e 2021/22].
Além disso, ano passado, Jokic liderou os Nuggets ao título inédito da liga, sendo eleito o MVP das finais.
O pivô ajudou a Sérvia quebrar um recorde histórico nos Jogos de Paris ao derrotarem a Austrália em virada eletrizante nas quartas de final. A Austrália chegou a fazer 44 a 20 com apenas 13 minutos de jogo na Arena Bercy. Porém, o pivô do Denver Nuggets ajudou a Sérvia levar a partida para prorrogação, vencer por 95 a 90, e conquistar o recorde de maior virada de todos os tempos do basquete olímpico.
Sérvios na NBA: Vasilije Micic (Charlotte Hornets); Bogdan Bogdanovic (Atlanta Hawks); Nikola Jovic (Miami Heat); Aleksej Pokusevski (Charlotte Hornets); Nikola Jokic (Denver Nuggets).
EUA
Os Estados Unidos chegaram invictos à semis dos Jogos Olímpicos de Paris. Foram vitórias tranquilas sobre Porto Rico, Sérvia, Sudão do Sul e Brasil.
Repleto de superestrelas, o time norte-americano consegue algo que mais ninguém chega nem ao menos perto: uma rotação que em hipótese alguma perde qualidade. Pelo contrário, às vezes até ganha.
Os números individuais são mais modestos quando comparados aos dos mesmos atletas na NBA, mas além do revezamento de protagonismo podemos colocar as regras FIBA como principal motivo disso. Mesmo assim, os favoritos ao título têm sobrado em quadra - destaque para atuações de Kevin Durant, Curry e Lebron James. Anthony Edwards tem sido uma espécie de sexto homem especial...
Norte-americanos [estadunidenses] na NBA: LeBron James (Los Angeles Lakers); Stephen Curry (Golden State Warriors); Kevin Durant (Phoenix Suns); Joel Embiid (Philadelphia 76ers); Devin Booker (Phoenix Suns); Jayson Tatum (Boston Celtics); Anthony Davis (Los Angeles Lakers); Tyrese Haliburton (Indiana Pacers); Anthony Edwards (Minnesota Timberwolves); Jrue Holiday (Boston Celtics); Bam Adebayo (Miami Heat); Derrick White (Boston Celtics).
Nem só de ouro vive o Dream Team...
O Time dos Sonhos fez jus ao apelido ao longo dos tempos. Desde a criação, em 1992, com o lendário elenco comandado por Michael Jordan e Magic Johnson, o Dream Team perdeu apenas quatro vezes nas Olimpíadas.
A última derrota, porém, é recente. Em 2020, na fase de grupos, o Dream Team dos EUA perdeu para a França por 83 a 76. Ainda assim, os Estados Unidos se recuperaram na competição e conquistaram o ouro, com direito a revanche contra os franceses na decisão e vitória por 87 a 82.
Antes disso, as outras três derrotas vieram nos Jogos de Atenas, em 2004. Na ocasião, os EUA ficaram com a medalha de bronze após perderem para a Argentina nas semifinais.
A campanha em 2004 fez com que houvesse um movimento para a criação do time que ficou conhecido como "Redeem Team", ou "Time da Redenção". Esta equipe conquistou a medalha de ouro em 2008, liderada por uma geração que mesclava novas estrelas, como LeBron James, à velha guarda, como Kobe Bryant.
Antes da criação do Dream Team de 1992, os EUA costumavam levar apenas jogadores universitários para o torneio de basquete das Olimpíadas. Ainda assim, a vantagem era grande - foram apenas duas derrotas neste período, em Munique 1972 e Seul 1988.
Confira as derrotas do Dream Team em Olimpíadas
• 2004: Porto Rico 92 x 73 EUA
• 2004: Lituânia 94 x 90 EUA
• 2004: Argentina 89 x 81 EUA
• 2020: França 83 x 76 EUA