A Olimpíada de Paris ainda não começou oficialmente, mas já vem movimentando as redes sociais com os conteúdos que os atletas compartilham diretamente da Vila Olímpica. Entre muita expectativa e animação para os Jogos, os representantes de cada país vêm enfrentando situações constrangedoras e desafiadoras.
Extravio de bagagem, camas de papelão e até ter que buscar papel higiênico pessoalmente na recepção das instalações estão entre os desafios vividos pelos competidores. O 'perrengue' mais recente foi vivido pelo time brasileiro de skate, que foi 'esquecido' no Parque La Concorde, onde treinavam na quarta-feira, 24.
Confira a seguir mais perrengues e casos polêmicos que estão marcando os Jogos Olímpicos de Paris.
Esquecidos em Paris
A 'Fadinha' Rayssa Leal e outros skatistas reclamaram da demora para a chegada de ônibus que levaria a equipe de volta à Vila Olímpica, na quarta-feira, 24. Com direito a filtro de palhaço, a maranhaense ironizou a situação: "Imperatriz [cidade natal de Rayssa] está melhor do que os ônibus daqui", disse.
O grupo passou a manhã treinando no Parque La Concorde, mas foram 'esquecidos' no local. Eles reclamaram do atraso de três horas para a chegada do ônibus que os levaria de volta à Vila Olímpica.
A solução encontrada pelos atletas foi sair de skate até encontrar um táxi.
Mala extraviada
A tenista Bia Haddad, um dos grandes nomes na disputa por medalha para o Brasil, teve sua mala extraviada pela companhia aérea Swiss Airlines, da Suíça, país onde fez escala. A atleta expressou seu descontentamento nas redes sociais, dizendo não ter nenhuma resposta a respeito da sua situação por mais de 48 horas.
A mala de Bia só foi encontrada nesta quarta-feira, 24, e enviada ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), segundo informações da ESPN. A tenista possuía um rastreador na bagagem, que indicava que ela estaria no aeroporto de Guarulhos, no Brasil.
Bia defenderá as cores do Brasil nas disputas de simples e também nas duplas, ao lado de Luisa Stefani. A modalidade estreia na Olimpíada de Paris no sábado, 27, e tem encerramento em 4 de agosto.
Material incompleto
Quem também teve problema com seu material esportivo foi o atleta de declato Fernando Ferreira, mais conhecido como Balotelli. Diferentemente de Bia, no entanto, caso dele foi de decepção com o material recebido.
Vocês não tem ideia do quanto foi broxante receber o material da seleção 🫠 sempre achei que nas olimpíadas receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas e sapatilhas 😅 mas parece que não é bem assim pra nós 🤷🏾♂️ pic.twitter.com/FjzE7wtZPl
— Balotelli (@ferrazdecatlo) July 22, 2024
Segundo Balotelli, o kit fornecido pelo COB contava apenas com uma regata, um macaquito e um short balãozinho.
"Assim que acabar as provas do primeiro dia, irei voltar para vila e lavar logo meu material, ou competir com sujo", desabafou.
O descontentamento se dá principalmente porque o atleta terá que tirar dinheiro do próprio bolso para representar o Brasil na Olimpíada.
"Estou indo para os Jogos Olímpicos sem patrocínio de marca esportiva, ou seja, vou investir do meu dinheiro para comprar as sapatilhas", disse.
Balotelli ainda explicou que, para cada prova que participa, ele utiliza sete sapatilhas de modelos diferentes, uma para cada modalidade. Ao todo, ele disputará mais de 20 de horas de prova em quatro etapas. As provas de atletismo ocorrem entre os dias 2 e 11 de agosto.
Outra atleta que teve problema com o kit foi Izabela Rodrigues da Silva, do lançamento de disco. Ela recebeu uniformes masculinos por falta de tamanho G feminino. A atleta representará o Brasil no dia 2 de agosto, com final marcada para o dia 5.
Busca por papel higiênico
Uma situação embaraçosa também marcou os Jogos de Paris. Isso porque a Vila Olímpica, diferentemente de redes hoteleiras, não repõe um material de necessidade básica no quarto dos atletas: papel higiênico. Assim, os esportistas têm que ir pessoalmente à recepção das instalações para retirar o material. A tenista australiana Daria Saville registrou o momento vergonhoso nas redes sociais.
Uniformes criticados
Os uniformes da delegação brasileira para os Jogos de Paris também foram tema dessa Olimpíada e receberam uma enxurrada de críticas nas redes sociais. Até a cantora Anitta deixou sua opinião sobre os modelos, ao mesmo tempo em que fez uma crítica social sobre o País.
Entre as reclamações sobre as roupas confeccionadas pela Riachuelo, estavam o fato de os trajes serem simples demais e até conservadores, se comparados aos uniformes das outras delegações. Alguns internautas recriaram os modelos com o uso de Inteligência Artificial.
Além das críticas aos materiais em si, o público também se chocou ao ver como as atletas do vôlei receberam seus kits: em sacos simples de pano.
Camas de papelão
Outro assunto que deu o que falar foram as camas de papelão onde os atletas irão dormir durante a Olimpíada. O saltador britânico Tom Daley testou o "móvel" e deu alguns pulos para mostrar a polêmica estrutura, que se trata de uma ação sustentável iniciada nos Jogos de Tóquio-2020.
A Vila Olímpica contará com cerca de 16 mil camas, constituídas com material 80% reciclado. Após os Jogos, elas serão desmontadas e recicladas, enquanto os colchões e travesseiros serão doados a escolas e instituições de ensino.
Maus-tratos e agressão
Marcando negativamente a Olimpíada de Paris está o caso de agressão e maus-tratos da multimedalhista britânica do hipismo Charlotte Dujardin. Após vazar um vídeo em que a atleta aparece chicoteando um cavalo por diversas vezes, ela foi suspensa por seis meses da Federação Equestre Internacional (FEI). Charlotte também se retirou oficialmente da disputa dos Jogos.
Imagens fortes:
Charlotte Dujardin, Britain's joint-most decorated female Olympian, has been provisionally suspended & will not compete at Paris 2024.
This video has emerged of the dressage star which she said showed her 'making an error of judgement'. pic.twitter.com/PQ9rPQTD04
— Good Morning Britain (@GMB) July 24, 2024