O Brasil será representado no remo por um único atleta, Lucas Verthein. Ele fará a sua estreia em Jogos Olímpicos. Tido como promessa há alguns anos, quando ainda era um atleta júnior, o remador de 23 anos chegou ao Japão como a única opção possível de medalha para o País na modalidade.
Apesar de o País nunca ter conquistado uma medalha no remo, um dos esportes mais antigos do calendário olímpico, o carioca está confiante para disputar em alto nível com os outros competidores. Sua estreia será na quinta-feira, às 20h30 (Brasília). O remo era muito tradicional nos clubes do Rio de futebol, como Flamengo e Fluminense. No Parque São Jorge, sede do Cornthians no Tatuapé, em São Paulo, havia um local fixo para os atletas treinarem ao lado da Fazendinha.
"Minha expectativa é fazer o meu melhor e levar o meu país para o lugar mais alto do pódio, dentro do meu possível e do impossível também. Espero conseguir cumprir com tudo que realizei na minha preparação e ser veloz a cada corrida", disse Verthein, em entrevista ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).
O atleta, da categoria single skiff, se classificou para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 em uma emocionante prova, garantindo o primeiro lugar na Regata Qualificatória, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O carioca foi terceiro colocado no Mundial Júnior, em 2016, e conquistou a medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Lima, em 2019. Para obter a vaga nos Jogos Olímpicos, teve de conciliar a rotina de treinos com outras três atividades: a faculdade, o trabalho em uma loja de eletrônicos e as entregas de comida preparadas pela mãe.
O single skiff é um barco a remo projetado para uma única pessoa que impulsiona a embarcação com dois remos, um em cada mão. Os barcos de corrida são longos e estreitos. "Está sendo algo único na minha vida esportiva, pois o sonho de todos os atletas é viver isso tudo. Estou me sentindo bem, tranquilo e motivado para as provas. Foi uma luta chegar até até aqui, mas isso só me fortalece para me tornar um atleta cada vez melhor".
Técnico do remador, Paulo Vinicius de Souza elogiou a adaptação do atleta ao barco e também a raia de competição no Sea Forest Waterway. "Tem muito vento lateral e mudanças de direção, gerando marola. Lucas tem evoluído bastante e vamos um passo de cada vez", afirmou o treinador.