Modalidade nobre nos Jogos Olímpicos, o atletismo começa nesta quinta-feira, às 21h (horário de Brasília), suas disputas em Tóquio. O Brasil chega com uma delegação de 55 atletas (34 homens e 21 mulheres) e o nome mais cotado para brilhar é Alison dos Santos, que compete nos 400m com barreiras.
Alguns meses atrás ele seria considerado uma aposta menor em relação a outros nomes mais famosos, como Darlan Romani (arremesso de peso), o revezamento 4x100m rasos ou Thiago Braz, campeão olímpico do salto com vara. Mas a ascensão do jovem de 21 anos o colocou como principal esperança de medalha do País na modalidade.
"Eu quero fazer história, assim como outros atletas já estão fazendo. Fui o primeiro brasileiro a correr a prova abaixo dos 48 segundos e quero continuar a quebrar recordes. Fico muito feliz de estar entre os três atletas mais bem colocados do ranking mundial e ter nível técnico para correr junto com eles", disse Alison.
Ele se refere aos seus dois principais adversários nos 400m com barreiras, Karsten Warholm, da Noruega, e Rai Benjamin, dos Estados Unidos. O primeiro é favorito ao ouro e antes da Olimpíada quebrou o recorde mundial da prova, ao percorrer a distância em 46s70. Já Benjamin marcou 46s83 na seletiva americana, em junho.
Só que Alison vem em ótimo momento nesta temporada e quebrou o recorde-sul-americano da prova em quatro oportunidades. A mais recente foi no início de julho, na etapa de Estocolmo da Liga Diamante, quando ele marcou 47s34. E por ser uma disputa com obstáculos um erro ou queda pode mudar a história da disputa.
"Acredito que possivelmente será uma das provas mais fortes do atletismo na Olimpíada. Eu estou muito feliz por fazer parte disso e ver tudo isso crescer, ajudar a prova a crescer cada vez mais", afirmou o brasileiro, que tem uma enorme admiração por Warholm e espera um dia superar as marcas do adversário.
Outro nome importante da delegação brasileira é Darlan Romani, do arremesso de peso. Ele tem condições de chegar ao pódio, mas tem adversários fortes como Ryan Crouser, dos Estados Unidos, que recentemente bateu o recorde mundial ao fazer 23,37m. Ele foi campeão olímpico nos Jogos do Rio, em 2016, quando Darlan ficou em quinto lugar.
"Estou animado e espero fazer boas provas na qualificação e na final", afirmou o atleta, que acredita que se mantiver a regularidade e conseguir arremessar acima de 22,50m na final tem ótimas chances de chegar ao pódio em Tóquio. Seu maior problema foi ter pegado covid-19 na reta final de preparação, e isso quebrou um pouco seu ritmo.