Todos os mais de 10 mil atletas que estão nos Jogos Olímpicos de Paris sonham com uma medalha olímpica. Muitos países, como é o caso do Brasil, oferecem até recompensa financeira para quem vai ao pódio, mas a essência do esporte não está na conta bancária, e o desespero de alguns atletas está deixando isso muito claro, principalmente se o palco for o Champs de Mars Arena, que recebe as competições do judô.
A cobertura dos Jogos de Paris no Terra é um oferecimento de Vale.
Em três dias de competição, a modalidade já foi palco de piti do japonês Ryuju Nagayama. Ele se recusou a cumprimentar o rival, o espanhol Francisco Garrigos, e demorou para deixar o tatame por não concordar com a derrota. A compatriota japonesa Uta Abe começou a chorar ainda no tatame e precisou sair amparada pelo técnico.
Nesta segunda-feira, 29, a reportagem do Terra presenciou o desespero de três judocas, o norte-americano Jack Yonezuka chegou a abandonar a entrevista. Mesmo com o pedido do repórter para que voltasse, ele seguiu na zona mista chorando bastante.
Nora Gjakova, do Kosovo, e Kaja Kajzer, da Eslovênia, passaram pela imprensa aos prantos. Elas choravam bastante e tentavam esconder o rosto com uma camiseta.
O brasileiro Daniel Cargnin também não conteve a emoção. Com a voz embargada, ele teve dificuldade em falar da derrota na estreia.
"O que me deixa mais triste é a minha família estar aí, né? Porque quando eu estava lesionado e tudo mais, foram as pessoas que me ajudaram. Talvez, se não fossem elas, eu nem estaria aqui, sabe? Então agora é ficar com a minha família, pessoas que me fazem bem, para no futuro aí, quem sabe, não estar sorrindo de novo", declarou o gaúcho de 26 anos, que classificou a luta de estreia como "chata". Foi a primeira vez que ele foi derrotado em uma estreia durante todo o ciclo olímpico.