Os Jogos Olímpicos de Tóquio começaram oficialmente nesta sexta-feira. Sem a presença de público e com participação reduzida das delegações, a cerimônia de abertura relembrou as dificuldades vividas pelos atletas para treinar durante a pandemia da covid-19 e também fez um tributo para as vítimas do novo coronavírus.
Manifestantes
Cerca de 50 manifestantes se reuniram, nesta sexta-feira, em Tóquio para exigir o cancelamento dos Jogos Olímpicos. A concentração dos protestos foram em frente ao prédio do Governo Metropolitano de Tóquio e teve canto "não às Olimpíadas" e "salvando a vida das pessoas", além de cartazes dizendo "cancele a Olimpíada".
A oposição à proibição do Comitê Olímpico Internacional a protestos no pódio durante os Jogos de Tóquio se intensificou nesta sexta-feira, com mais de 150 atletas, acadêmicos e ativistas de justiça social assinando uma carta aberta exigindo mudanças à Regra 50.
Horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, os atletas brasileiros decidiram organizar o seu próprio desfile na Vila Olímpica. O desfile simbólico foi puxado pelo levantador Bruninho, do vôlei, que representará o Brasil como porta-bandeira ao lado da judoca Ketleyn Quadros no evento que abre a Olimpíada e está marcado para as 8h desta sexta-feira (de Brasília), 20h no horário local.
Pira Olímpica apaga no Rio
Reacesa no início da noite de quinta-feira, 22, no Rio de Janeiro para homenagear os Jogos Olímpicos de Tóquio, a pira olímpica dos Jogos do Rio-2016 ficou apagada durante algumas horas na madrugada devido a um "problema técnico".
Tiro com arco
O tiro com arco, logo na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio, teve a quebra de um recorde olímpico. Na categoria individual feminina, a sul-coreana San An, de 20 anos, fez 680 pontos, derrubando a marca da ucraniana Lina Herasymenko, que fez 673 em Atlanta-1996.
O Brasil iniciou sua disputa no individual masculino do tiro com arco. Marcus Vinicius D'Almeida é o representante brasileiro na competição e terminou a fase classificatória na 40ª posição, e enfrentará na próxima fase Patrick Huston (25º), da Grã-Bretanha.
A brasileira Ane Marcelle ficou em 33ª lugar entre 64 atletas na fase classificatória do tiro com arco individual feminino, nesta noite, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela marcou 636 pontos e vai enfrentar a mexicana Ana Vasquez, que ficou em 32ª, com um ponto a mais. O duelo entre as duas será na próxima quinta-feira, às 5h57 (de Brasília).
Desmaio
O forte calor em Tóquio quase atrapalhou a performance da russa Svetlana Gomboeva na disputa do tiro com arco nesta sexta-feira na abertura da modalidade na Olimpíada. A atleta de 23 anos desmaiou ao fim da fase qualificatória e precisou ser atendida pelos médicos. Ela deixou o Yumenoshima Park Archery Field numa maca.
Wada
A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou nesta sexta-feira que vários atletas russos foram mantidos afastados da Olimpíada de Tóquio por causa de suspeitas de doping baseadas em evidências de testes feitos em um laboratório de Moscou, fechado em 2015.
Tufão
Um tufão pode atingir a costa do Japão na próxima semana, durante a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Enquanto a população se preocupa com essa possibilidade, os surfistas comemoraram a notícia. O presidente da Associação Internacional de Surfe, Fernando Aguerre, festejou a chance deste fenômeno climático aparecer.
Isaquias Queiroz quer ouro
O canoísta Isaquias Queiroz quer sair dos Jogos de Tóquio novamente como o maior medalhista do Brasil nesta edição. Ele já obteve esse feito na Olimpíada do Rio, em 2016, quando subiu três vezes no pódio. Mas faltou a medalha de ouro, que ele busca garantir agora no Japão nas duas provas que vai disputar: no C1 1.000m e no C2 1.000m, ao lado do parceiro Jacky Godmann. "Sei que pode parecer ganancioso, mas cinco anos de trabalho precisam ser coroados", disse.
EUA no topo?
Assim como as últimas edições dos Jogos Olímpicos, Estados Unidos e China despontam como principais favoritas. Na atual edição, disputada em Tóquio, não deve ser diferente. Sem a Rússia no páreo, as análises indicam que os dois países devem disputar o quadro geral de medalhas.
É a vez das mulheres
Se nas últimas edições dos Jogos Olímpicos o protagonismo do evento ficou com dois homens, Michael Phelps e Usain Bolt, desta vez o bastão deve ir para duas mulheres: Katie Ledecky, da natação, e Simone Biles, da ginástica artística. Ambas devem ampliar suas coleções de medalhas olímpicas e sair de Tóquio como as maiores atletas da Olimpíada. Além disso, a tenista japonesa Naomi Osaka é a maior estrela da delegação dos anfitriões dos Jogos. Essa troca de reinado se dá em um momento favorável às mulheres no esporte.
Desistência
O judoca argelino anunciou desistência do torneio. Fethi Nourine deixou a competição após o sorteio dos confrontos da modalidade. O motivo seria uma possível luta com Tohar Butbul, de Israel, contra quem não quer lutar por 'simpatia ao povo palestino'.
Covid-19
Após aumento em levantamento da última quinta-feira, os casos de covid-19 nos Jogos Olímpicos voltaram a crescer. De acordo com o Comitê Organizador da Olimpíada, o número, que há 24 horas era de 91, agora é de 110. Três dos 19 novos testes positivos para coronavírus são de atletas que ficarão de fora das competições de suas respectivas modalidades.