Os velejadores brasileiros Robert Scheidt e Patrícia Freitas reagiram nesta segunda-feira e subiram nas classificações das classes Laser e RS:X, respectivamente, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Lenda do esporte olímpico, Scheidt obteve um quarto lugar e subiu para o 8º lugar nas disputas realizadas na Baía de Enoshima.
O atleta de 48 anos havia estreado na Olimpíada com o 11º lugar na regata de abertura, disputada no domingo. Nesta segunda, ele mostrou evolução e registrou um 10º posto e 4º lugar nas duas regatas do dia, avançando para a oitava colocação geral, com 25 pontos perdidos.
A liderança está com finlandês Kaarle Tapper, que perdeu 19 pontos, seguido do croata Tonci Stipanovic, com 24, e do cipriota Pavlos Kontides, com 16. Na terceira regata, o vencedor foi o sueco Jesper Stalheim. E, na segunda, a vitória ficou com Milivoj Dukic, de Montenegro.
A quarta regata foi reagendada para terça-feira. Depois, os velejadores terão mais seis regatas e a chamada "medal race" até o fim da competição, marcada para 1º de agosto.
Ao entrar nesta Olimpíada, Scheidt bateu o recorde de participações olímpicas, com sete edições dos Jogos na bagagem, empatando com Formiga, do futebol, Rodrigo Pessoa, do hipismo, e Jaqueline Mourão, do ciclismo - ela disputou duas edições dos Jogos de Inverno.
Scheidt está envolvido com o movimento olímpico há 25 anos. Na estreia, em 1996, nos Jogos de Atlanta, ganhou a medalha de ouro, feito repetido oito anos depois, em Atenas-2004. Na Laser ainda tem uma prata (Sydney-2000), além de mais uma prata e um bronze na classe Star (Pequim-2008 e Londres-2012). No Rio de Janeiro, em 2016, ganhou a regata da medalha, mas terminou a competição na quarta colocação.
Patrícia Freitas
Competindo na RS:X, a brasileira ocupa o 11º lugar geral, com 64 pontos perdidos, após seis regatas disputadas. Nas três prova realizadas nesta segunda, ela ficou em 11º, 12º e 10º lugares. Até agora seu melhor resultado aconteceu na terceira regata, no domingo, com o quarto lugar. Antes terminou em 13º e 14º nas duas primeiras disputadas da classe.
A liderança da prova está com a francesa Charlie Picon, com 23 pontos perdidos até agora. As disputas da classe serão retomadas na quarta-feira.
Aos 31 anos, Patrícia Freitas não está entre as favoritas ao pódio. Mas tem experiência de sobra para aproveitar alguma oportunidade até a medal race. Ela disputa sua quarta Olimpíada. Sua melhor performance aconteceu no Rio-2016, com o oitavo lugar Foi o melhor resultado de um brasileiro nesta classe.