A estreia do skate entre os esportes olímpicos nos Jogos de Tóquio-2020 proporcionou que diversos atletas ainda adolescentes competissem na capital japonesa, uma vez que a modalidade não estabelece idade mínima. O pódio desta quarta-feira da categoria park deixou o fato ainda mais evidente, quando a britânica Sky Brown, de 13 anos, e a japonesa Kokona Hiraki, de 12, se tornaram as medalhistas mais jovens dos Jogos Olímpicos. A modalidade já havia mostrado a brasileira Rayssa Leal, medalhista de 13 anos na categoria street.
Favorita na prova, Sky Brown teve os holofotes da pista montada na Arena de Ariake voltados para si. Tendo se profissionalizado aos 10 anos, a jovem faturou a medalha de bronze com exatos 13 anos e três semanas. Anteriormente, a britânica já havia conquistado o primeiro lugar na edição deste ano do X Games - um dos principais eventos de esportes radicais do mundo.
Apesar de competir pela Grã-Bretanha, Brown, filha de pai britânico e mãe japonesa, nasceu no Japão, mesmo país de Kokona Hiraki, medalha de prata no skate park em Tóquio. Ainda mais jovem que a skatista britânica, a japonesa subiu ao pódio com 12 anos e 343 dias, o que lhe garantiu o título de medalhista mais jovem da história olímpica.
Nascida em Hokkaido, uma das quatro grandes ilhas que compõem o arquipélago japonês, Hiraki já faria história em Tóquio mesmo se não tivesse ganhado a medalha. Isso porque a skatista quebrou o recorde de atleta mais jovem a participar dos Jogos Olímpicos. A marca anterior pertencia a Yuraki Takemoto, também do Japão, que competiu nos Jogos do México, em 1968, com 13 anos.
Kokona Hiraki fez sua estreia em campeonatos mundiais em 2018, com 10 anos apenas. No ano seguinte, foi prata do X Games em São Paulo, edição na qual Sky Brown foi bronze.
A juventude dos competidores do skate também foi notada na competição feminina de street. Além de Rayssa Leal, prata com 13 anos e 7 meses, o pódio foi completado por outra skatista da mesma idade da brasileira, e outra de 16 anos. Curiosamente, ambas do Japão.