Surfe: origem e regras do esporte!

Modalidade é um dos esportes mais famosos e, na Olimpíada, o Brasil tem grandes nomes que irão representar o País

18 jul 2024 - 21h39
Gabriel Medina, tricampeão mundial de surfe
Gabriel Medina, tricampeão mundial de surfe
Foto: Thiago Diz/World Surf League

O Brasil é uma potência no surfe e prova disso é que ele será o único país com seis representantes na disputa da modalidade nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. As provas não acontecerão na França, e sim no Taiti, na tradicional praia de Teahupo’o, entre os dias 27 de julho e 5 de agosto.

A primeira participação oficial do surfe na Olimpíada foi na edição de Tóquio 2020, sendo que, na ocasião, Ítalo Ferreira conquistou o ouro para o Brasil. Agora, quem tem a oportunidade de aumentar o quadro de medalhas são eles: o tricampeão mundial e principal nome na categoria Gabriel Medina, Filipe Toledo (atual bicampeão mundial), Tatiana Weston-Webb (oitava melhor surfista do mundo na última temporada), João Chianca, Taina Hinckel e Luana Silva.

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Mas, apesar das grandes chances de medalha, é importante lembrar que o Brasil poderá enfrentar adversários de peso, como o australiano Jack Robinson, vencedor da primeira etapa do circuito Mundial de 2023, Ethan Ewing, quarto lugar geral da WSL 2022, e o norte-americano Griffin Colapinto, vencedor da Tríplice Coroa Havaiana em 2017.

Qual é a história do surfe?

O surfe é originário da Polinésia, um conjunto de ilhas do Pacífico, e acredita-se que ele surgiu quando alguns pescadores perceberam que dava para usar uma tábua de madeira para chegar com mais facilidade à margem do mar.

Em 1778, o navegador inglês James Cook chegou ao Havaí e popularizou o esporte, levando-o então para a Europa. Em 1950, a modalidade cresceu nos Estados Unidos, especialmente na Califórnia, se tornando quase parte da cultura. Então, nas décadas de 1970 e 1980, iniciaram-se os campeonatos profissionais.

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Regras do surfe

Os surfistas são livres para realizar suas manobras e truques como quiserem, sendo avaliados então por cinco juízes, que dão suas notas com base em critérios como tipo e dificuldade da apresentação, velocidade, força e fluxo.

Tatiana Weston-Webb é grande chance de medalha feminina no surfe brasileiro
Foto: Daniel Smorigo/World Surf League / Getty Images

Nos Jogos Olímpicos, serão utilizadas as shortboards, pranchas menores, que facilitam na realização de manobras por serem mais rápidas e manipuláveis.

Surfe na Olimpíada

Na década de 1920, fãs e atletas de surfe, puxados pelo havaiano e três vezes campeão olímpico da natação estilo livre Duke Kahanamoku, começaram uma campanha para que o esporte fosse adicionado oficialmente aos Jogos Olímpicos. Mas foi apenas um século depois, em 2020, que isso ocorreu.

Nos Jogos de Tóquio, Ítalo Ferreira fez um torneio excelente, garantindo o ouro para o Brasil ao derrotar o japonês Kanoa Igarashi em um final emocionante, que começou com sua prancha quebrando no início da primeira bateria. Gabriel Medina terminou sua participação sem medalha depois de perder para Igarashi na semifinal e para o australiano Owen Wright na disputa pelo bronze. 

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Ítalo Ferreira comemora o ouro nas Olimpíadas de Tóquio
Foto: Ryan Pierse / Getty Images

Brasil nos Jogos Olímpicos

O Brasil promete fazer bonito no Taiti e aumentar o quadro de medalhas do surfe na Olimpíada. Após uma participação frustrada de Medina em Tóquio, ele vem com sede de conquista para a competição. Além dele, Filipinho e João Chianca completam o Time Brasil masculino, enquanto Tatiana Weston-Webb, que vem despontando no cenário do surfe, Taina Hinckel e Luana Silva integram o time feminino.

As baterias já estão definidas e os adversários também.

  • Gabriel Medina enfrentará o japonês Connor O’Leary, 21º colocado no ranking da elite, e o salvadorenho Bryan Perez.
  • Filipe Toledo enfrentará o algoz de Medina Kanoa Igarashi e o peruano Alonso Correa.
  • João Chianca enfrenta o marroquino e 18º colocado no ranking da WSL Ramzi Boukhiam e o neozelandês Billy Stairmand.
  • Tatiana Weston-Webb será a primeira brasileira a entrar na água, enfrentando as duas melhores surfistas do mundo na atual temporada da WSL: a australiana Molly Picklun, segundo lugar do ranking, e a americana Caitlin Simmers, número um do mundo.
  • Tainá Hinckel e Luana Silva caíram na mesma bateria e se enfrentarão, tendo a alemã Camila Kemp na mesma chave.

     

Fonte: Redação Terra
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