Tóquio inicia estado de emergência na iminência da Olimpíada

12 jul 2021 - 09h32

A cidade de Tóquio, sede da Olimpíada que começa neste mês, entrou em um novo estado de emergência para conter a Covid-19 nesta segunda-feira, menos de duas semanas antes de os Jogos começarem, em meio a dúvidas sobre a possibilidade de as medidas conterem um aumento de casos da doença.

Anéis Olímpicos em Tóquio
12/07/2021 REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Anéis Olímpicos em Tóquio 12/07/2021 REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Foto: Reuters

Na semana passada, os organizadores anunciaram que os espectadores serão proibidos em quase todos os locais de competição. Os espectadores estrangeiros já haviam sido barrados meses atrás, e agora as autoridades estão pedindo aos moradores que assistam o evento pela televisão para manter a circulação de pessoas, que poderia disseminar o contágio, no mínimo.

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Pesquisas de opinião mostram de forma contínua que o público japonês está preocupado com a realização da Olimpíada durante a pandemia.

A maneira como o primeiro-ministro Yoshihide Suga lida com a pandemia --incluindo uma distribuição de vacinas inicialmente lenta-- mina seu apoio. A questão é especialmente delicada antes de uma eleição nacional e da definição da liderança do partido governista no final deste ano.

"Pediríamos às pessoas que apoiem os atletas de casa", disse o secretário-chefe de gabinete, Katsunobu Kato, em um programa de televisão dominical.

Os Jogos, adiados em um ano por causa da pandemia, ocorrerão de 23 de julho a 8 de agosto, e o estado de emergência --o quarto da capital-- dura até 22 de agosto, pouco antes do início da Paralimpíada.

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O governo e os organizadores veem os Jogos há tempos como uma chance de exibir a recuperação japonesa de um terremoto e uma crise nuclear devastadores ocorridos em 2011.

No sábado, o governador do município de Fukushima, o local de um desastre nuclear, disse que os espectadores também serão proibidos nos jogos locais de softball e beisebol, revertendo uma decisão anterior.

Novak Djokovic, o tenista número um do mundo, disse no domingo que está dividido a respeito da participação na Olimpíada de Tóquio desde a decisão dos organizadores de impedir a presença dos torcedores e de limitar o número de pessoas que ele pode levar ao evento.

Alguns dos maiores nomes do tênis, como Rafael Nadal, Dominic Thiem, Stanislas Wawrinka, Nick Kyrgios, Serena Williams e Simona Halep, já disseram que não atuarão nos Jogos.

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O Japão registra mais de 815.440 casos de Covid-19 e quase 15 mil mortes. Aumentos recentes em Tóquio são particularmente preocupantes em meio a uma vacinação que começou lenta e enfrenta problemas de suprimento depois de ter acelerado. Só cerca de 28% da população já recebeu ao menos uma dose de uma vacina contra Covid-19.

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